segunda-feira, 30 de junho de 2014

Contraponto 14.133 - "Dilma comemora 500 mil barris/dia no pré-sal. Rápido, porque já-já serão mais"

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30/06/2014

 

Dilma comemora 500 mil barris/dia no pré-sal. Rápido, porque já-já serão mais

Tijolaço - 30 de junho de 2014 | 13:22 Autor: Fernando Brito
500mil



Fernando Brito 

A Presidenta Dilma Rousseff participa, amanhã, na Petrobras, de um comemoração pelo atingimento da marca da extração de 500 mil barris de petróleo do pré-sal brasileiro.

É bom a Presidenta andar rápido, porque não apenas a marca foi atingida semana passada (520 mil barris num único dia) como, também porque, nos próximos dias, será ligado o  poço 7-LL-22D-RJS no campo de Lula Nordeste, o primeiro dos três que, até o final de setembro, estão produzindo no navio-plataforma Cidade de Paraty.

A produção vai passar, com ele, de 550 mil, num cálculo bem conservador, já que os poços daquele campo estão produzindo perto de 30 mil barris diários.

Até o final do ano, estaremos bem perto da marca de um milhão de barris diários, com a entrada de poços que estão por ser conectados.

Certamente acima dos 750 mil barris diários previstos e chegando aos 900 mil que marcam o triplo da produção com que iniciamos 2014.

E isso não tem Libra, não tem Franco (agora chamado de Búzios) que são os megacampos que começam a operar na segunda metade desta década.

O perfil da exploração de petróleo no Brasil está mudando e só início do pré-sal – são apenas sete anos desde a descoberta, o que é nada em exploração de petróleo – já representar, no final de 2014, a metade de tudo o que havíamos conseguido em 60 anos de Petrobras.

A Bacia de Campos, a nossa maior reserva antes do pré-sal, levou 26 anos, desde sua descoberta, em 1974, para chegar à marca de um milhão de barris diários.

A Petrobras também terá de mudar, por isso.

Cada vez mais terá de ser uma empresa focada em campos de médio, grande e imensa capacidade e em áreas com potencial crescente de produção, ou seja, as novas fronteiras.

Cada vez mais , por isso, precisará ampliar seu esforço em tecnologia e na criação de uma cadeira de suprimento – de equipamentos e profissionais – local e capacitadíssima.

A Petrobras não é negócio para ser avaliado com a alma de “10% ao mês” com que o Coronel Ponciano de Azeredo Furtado, genial criação de José Cândido de Carvalho em seu O Coronel e o Lobisomem definia os gerentes de banco, ou “tamboretes”, como ele dizia.

É para almas de quem, como ele escreveu, as tem  ”altas, em feitio de palmeira”.

É por isso que o pessoal dos “tamboretes” e do “10% ao mês” de nosso jornalismo econômico não entende o que se passa e “come-mosca”, graças a Deus, de termos incorporado à nossa empresa o maior campo de petróleo do século 21, como fizemos semana passada.

É que os tamboretes são muito baixinhos e não lhes permitem olhar o horizonte e o futuro, só o balancete do trimestre.

É onde suas almas alcançam.

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