sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Contrasponto 14.643 - "Direita tenta reeditar 1960 e 1989 em 2014, por Diogo Costa"

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29/0/2014

 

Direita tenta reeditar 1960 e 1989 em 2014, por Diogo Costa

 




LAMENTAVELMENTE A HISTÓRIA SE REPETE - Algumas pessoas ficam cheias de dedos para comentar sobre o processo eleitoral atual. Não é hora para omissões. A história brasileira é que subsidia o conteúdo desse texto.

Em 1960 Jânio Quadros se elegeu presidente da república pelo PTN (com o apoio da UDN). O PTN era um micro partido que nem de longe estava no centro da política nacional, como estavam a própria UDN, o PSD e o PTB.

Em 1989 Fernando Collor de Mello se elegeu presidente da república pelo PRN. O PRN era um micro partido que com muito gosto abraçou as pretensões da "nova política" de Collor, egresso da ARENA, do PDS e do PMDB.

Em 2014 a direita quer repetir o fenômeno com uma candidatura laranja, que usa o PSB como barriga de aluguel e que um dia depois da eleição irá para o micro partido Rede, espécie de PTN ou PRN dos dias de hoje.

Tanto Jânio Quadros quanto Collor se auto definiam como figuras acima dos partidos tradicionais. Criticavam a política em si, os partidos políticos e os próprios políticos.

Se apresentavam como mui dignos representantes da "nova política" que iria sanear e moralizar o Brasil...

É o mesmo discurso falso, cínico e mentiroso da moça lá do Acre.

A Rede, que sequer foi criada ainda, o PTN e o PRN tem em comum o fato de serem legendas pequenas e sem contornos ideológicos e programáticos bem definidos.

Em 1961, sem conseguir uma base de apoio minimamente confiável no Congresso Nacional, Jânio renuncia e mergulha o país numa violenta crise institucional.

O golpe só não vei ali mesmo graças a atuação corajosa e certeira do então governador gaúcho, Leonel Brizola, e da sua Campanha da Legalidade que garantiu a posse constitucional de João Goulart.

Em 1992 Collor sofreu um impeachment, muito mais por ter se isolado no Congresso e por estar num partido pequeno e irrelevante como o PRN.

A história está aí para quem quiser ver e estudar.

Àqueles que negam a política e os partidos políticos, ao contrário do que dizem, deseducam as massas e são os verdadeiros representantes das ideias mais reacionárias que se possa imaginar.
Em outras palavras, são apenas farsantes.

Farsantes com um discurso falsamente moderno que se coloca acima da política, acima dos partidos, acima dos políticos e acima das instituições.

Não existe nada mais conservador e de extrema direita do que esse messianismo que falsamente paira acima de tudo e de todos.

Marina Silva é uma espécie de Jânio Quadros ou de Fernando Collor de Mello. Nada mais do que isto.

Cabe àqueles que tem um mínimo de conhecimento histórico, impedir que o Brasil de 2014 caia novamente numa aventura da extrema direita.


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PITACO DO ContrapontoPIG

Célvio Brasil Girão 


- Dilma representa a continuação dos avanços inegáveis que o Brasil vem alcançando.

- Aécio represente um tiro no pé. Um retrocesso à era FHC.

- Marina significa um salto no escuro. Uma volta da direita nefasta ao poder. Um tiro no ouvido. Uma tragédia para o povo do nosso País. Um atraso na integração da América Latina.


Espero não testemunhar pela terceira vez na minha vida,  aos 68 anos de idade, um novo e funesto descaminho à direita pelo Brasil.

Amarguei 1960 com Jânio. 

Assisti em 1964 a queda de Jango e a posterior noite de terror que veio em seguida

Sofri em  1989 com Collor. 

E espero que em 2014  o eleitorado ingênuo e manipulado pela mídia de direita não embarque na canoa furada e na cabeça oca de Marina Silva e sua abjeta turma de banqueiros e empresários a serviço do capital financeiro internacional. 

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