segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Contraponto 15.680 - "Venina chora e convoca novos delatores à Globo "

Esta foi a principal revelação de uma entrevista de mais de vinte minutos, concedida por Venina à jornalista Glória Maria, e tratada como bombástica pelo programa Fantástico, da TV Globo. O que o Fantástico pintou com crores dramáticas foi algo que não pode ser provado: a frase dita por Venina sobre o alerta que teria feito, pessoalmente, à atual presidente da companhia, Graça Foster, em relação a supostas irregularidades na companhia.

De resto, apenas repetições, como os emails enviados a Paulo Roberto Costa e Graça Foster, publicados pelo jornal Valor Econômico nove dias atrás.

No ponto melodramático da entrevista, Venina foi às lágrimas, quando Gloria Maria a perguntou sobre sua família. "Eu tinha uma família. Não vi minha mãe ficar cega e meu marido teve de retornar para poder trabalhar", disse Venina, atribuindo o divórcio ao fato de ter sido enviada para Cingapura. 

Lá, ela insinua ter sido colocada na geladeira para não criar mais problemas para seus superiores.

No fim, Venina fez um convite para que outros funcionários da Petrobras denunciem seus superiores. 

"Estou convidando você também", disse ela, para que os brasileiros possam voltar a sentir orgulho da empresa.

Leia mais sobre Venina em "Ex-quase-heroína da mídia pode terminar vilã".

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A geóloga Venina Velosa, que, na semana passada, depôs diante da equipe do juiz Sergio Moro, no Paraná, parecia ser, aos olhos da imprensa familiar, o personagem capaz de demitir Graça Foster da Petrobras, pelo fato de, supostamente, tê-la alertado dos desvios na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Nove dias depois, no entanto, Venina já se vê em outra posição: não mais de estilingue, mas sim de vidraça. Ontem, o jornalista Jorge Bastos Moreno revelou que ela contratou, sem licitação, a empresa do ex-marido por R$ 7,8 milhões, em dois contratos: um de R$ 2,4 milhões e outro de R$ 5,4 milhões. Leia abaixo a nota:

Entre o mar e a terra

A direção da Petrobras insiste em chamar, em notas, a sua ex-gerente Venina Velosa de “a empregada”. Percebe-se aí uma sutil tentativa de desqualificação, que se torna mais contundente, na medida em que tenta mostrar o seu envolvimento com o caso da refinaria Abreu e Lima, por exemplo. Tentar desqualificar a funcionária não é o melhor caminho para defender-se de suas denúncias.
Mas nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Não se pode demonizá-la, nem endeusá-la, pois o foco não é ela, mas as suas denúncias. Independentemente disso, Venina tem muita coisa nebulosa também a esclarecer, como a contratação, sem licitação, da empresa Salvaterra, do hoje ex-marido, Maurício Luz, em 2004 (R$ 2,4 milhões) e 2006 (R$ 5,4 milhões), para serviços de consultoria; e também a de Nílvia Vogel como funcionária local, mas custeando sua mudança, quando exercia a representação em Cingapura. Há outros processos contra ela na empresa.

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Um comentário :

  1. Diferente do que se divulga, em 2002 o ex de Venina já estava lá na Petrobras,,, Contrato 187.2.005.02-2,ocorrido em 01.01.2002,no valor de R$ 1.665.546,30.

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