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18/01/2015
Veja é o lúmpen da imprensa da Casa Grande
Blog Palavra Livre - 18/01/2015
Por Davis Sena Filho
A sociedade brasileira tem a exata compreensão de que a imprensa de negócios privados e de direita pertencente aos magnatas bilionários de todas as mídias privadas tem lado partidário, cor ideológica e propósitos políticos e econômicos inconfessáveis, que deixariam um verdugo com as faces coradas de tanta vergonha.
Contudo,
e apesar de essa imprensa em geral ter rasgado todos códigos do
jornalismo para se transformar em um partido direitista a serviço do
establishment, a revista Veja — a Última Flor do Fáscio dos irmãos
Civita — se destaca nesse mar de lama transformado em uma gigantesca
pocilga.
Mesmo
com dificuldades financeiras para se manter, Veja — o lúmpen das
publicações — continua a caminhar por veredas tortuosas, sempre em busca
de achincalhar e desqualificar seus adversários, bem como manipular,
dissimular e, se necessário, mentir para o público, porque o objetivo é
desestabilizar o Governo Trabalhista e, se possível, as instituições
republicanas.
Panfleto
político de péssima qualidade editorial, o brucutu dos Civitas não
desiste de sua leviandade vã e de sua vocação para o submundo, como
ficou comprovado somente em dois episódios, porque os são às centenas no
decorrer dos anos, como nos casos da aliança de Veja com o bicheiro
Carlinhos Cachoeira, além da tentativa de influenciar nas eleições
presidenciais de 2014 quando tal libelo, a fim de favorecer o candidato
do PSDB, Aécio Neves, antecipou sua distribuição nas bancas, residências
e repartições públicas, pois evidentemente considerou que cooperaria
para que o tucano vencesse as eleições.
A
capa de Veja, com o Lula e a Dilma, e a sombreá-los o título "Eles
sabiam" foi uma demonstração de o quanto essa imprensa comercial e
privada, originária do século XIX e início do século XX é ousada e
vocacionada para a disputa política, sem, no entanto, assumir de forma
transparente e objetiva seus interesses, a exemplo da manipulação
sistemática que faz com os leitores, ouvintes e telespectadores, ainda
mais quando tais cidadãos tem vocação conservadora, são politicamente
reacionários e se mostram contrários à ascensão social da parcela mais
pobre da população. Muitos denominam tais indivíduos de coxinhas de
classe média.
Uma
manipulação dos fatos e dos acontecimentos praticada pela mídia
hegemônica e de mercado tão constante e incansável, que se tornou um
processo de cooptação e até mesmo de lavagem cerebral de grande parte da
classe média colonizada, que despreza o Brasil e que sonha em ser rica,
a ter como exemplos inquestionáveis dessa "lavagem" a questão do marco
regulatório para os meios de comunicação, o caso do "Mensalão" e a
operação "Lava Jato".
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Operação
que no momento tem como cerne desse grave caso a corrupção na
Petrobras cometida por servidores de carreira em cargos de poder e
mando, aprovados em concurso público nos anos 1970 e 1980, que passaram
por vários governos, cujos crimes foram descobertos pela Polícia Federal
sob o comando de mandatários trabalhistas do PT, governantes que
determinaram demissões, e, com efeito, a prender criminosos de colarinho
branco como nunca antes aconteceu na história deste País.
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Servidores,
executivos e empresários poderosos e influentes estão na cadeia. Só
resta agora ao Estado brasileiro prender juízes e promotores que
favorecem aliados políticos e ideológicos, pois escamoteiam os crimes
daqueles que eles consideram parceiros da luta pelo poder, além dos
interesses de classe social e da permanência, de preferência para
sempre, da manutenção do status quo.
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Quando
o Brasil em nome de seus cidadãos começar a pôr na cadeia juiz e
promotor que protegem aliados políticos e empresários ricos que cometem
crimes, em uma blindagem que envergonha o Ministério Público e o
Judiciário, aí, sim, teremos um País melhor, justo, democrático, com seu
povo definitivamente emancipado e pronto para conquistar o
desenvolvimento que os brasileiros do passado e do presente tanto
sonharam e lutam para concretizar esse legado. Ponto.
Enquanto
isso a sociedade desta Nação honrada tem que ainda conviver com um
pasquim praticante de um jornalismo barato, de quinta categoria, de
perfil fascistoide, como o é o da Veja, panfleto também conhecido pela
alcunha de "Detrito Sólido de Maré Baixa", que rompeu definitivamente
com a civilização e se transformou em uma ponta de lança sórdida de
interesses bárbaros e inconfessáveis, que se o diabo porventura os
conhecesse certamente lamentaria tanta vilania e falta de qualquer ética
quando se trata de publicar e repercutir seu jornalismo de esgoto, que,
por sinal, é o mais autêntico praticado por essas bandas tupiniquins.
A
última capa dessa revista de maus presságios, que odeia o Brasil e seu
povo é o exemplo pronto e acabado do quanto uma publicação pode cada vez
mais ficar decandente ou mergulhar profundamente no lodo de onde busca e
capta sua essência. As cores de sua capa, similares às do PSDB,
retratam o quanto tal pasquim atingiu os píncaros da iniquidade, da
transgressão e do despotismo.
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Realmente,
a ausência de um marco regulatório leva essa gente a confundir
liberdade de expressão com leniência, leviandade, virulência e
irresponsabilidade. A revista Veja é o maior exemplo para a sociedade e
para os jovens e futuros jornalistas de como não se deve fazer
jornalismo.
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A
verdade é que a "Última Flor do Fáscio" se supera, pois somente se
iguala à "doutrina" praticada no Instituto Millenium, uma "escola"
controlada pelos magnatas bilionários de imprensa, que "ensina" como se
deve conspirar e manipular a verdade para lá na frente, se tiver
oportunidade, derrubar governos e governantes quando estes são de
esquerda e principalmente trabalhistas.
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Nada
mais parecido com o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes) e o
Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad), que cooperaram para
derrubar o presidente trabalhista João Goulart, herdeiro político de
Getúlio Vargas. Seria hilário se a repetição dessas realidades não fosse
perigosa e trágica para os interesses do Brasil.
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A
direita brasileira e da América do Sul odeia os trabalhistas, porque
foram eles, quando estiveram no poder, que desenvolveram suas nações,
ordenaram o trabalho e efetivaram os direitos dos trabalhadores. Isto é
imperdoável para a burguesia. É histórico. Não há o que contestar. Só se
mentir, como o fazem os "historiadores", ou seja, os contadores de
estórias e editorialistas empregados da imprensa familiar e empresarial
amalocados no Instituto Millenium, de vocação golpista e americanófila.
Então
é assim: Veja resolve publicar mais um panfleto politico com as cores
dos tucanos, pássaros de bicos longos e voos curtos, bem como derrotados
quatro vezes pelo PT. Tal "reportagem" sem discernimento e seriedade
contesta as promessas de Dilma Rousseff, aquela que derrotou o playboy
Aécio Neves e toda a parafernália midiática que o apoiou antes, durante e
depois do processo eleitoral.
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Veja,
o pasquim que não tem nenhuma condição moral e jornalística para cobrar
nada de quaisquer pessoas ou institiuições ou entidades, considera que
Dilma vai efetivar o programa econômico liberal de Aécio Neves e Armínio
Fraga, quando a verdade é que a mandatária petista vai, sim, fazer
ajustes necessários, mas sem perder o norte de suas administrações, que é
garantir os direitos dos trabalhadores, promover o desenvolvimento e
trabalhar pela inclusão social.
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E
é o que interessa, porque as condições da economia mundial não são das
melhores, bem como o Brasil vai ter de enfrentar dias mais duros, porque
a situação econômica de hoje não é igual, por exemplo, ao segundo
mandato do primeiro governo Lula e aos dois anos iniciais do primeiro
Governo Dilma Rousseff.
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O
resto é conversa fiada de jornalistas comprometidos com os interesses
de seus patrões, de rentistas de grandes empresas, de jogadores das
bolsas de valores e do mercado financeiro, além de afirmativas de
"especialistas" de prateleiras da Globo News, da Globo, da CBN, da Jovem
Pan e de suas congêneres.
As
mídias alienígenas são afeitas a criar crises artificiais e,
consequentemente, gerar confusão na economia com o propósito de
desestabilizar governos, bem como conquistar apoio de uma classe média
coxinha, alienada, que faz questão de ficar do lado dos ricos que a
explora e nunca a convida para participar de seus saraus e regabofes na
Casa Grande. Rico não se mistura, e somente casa com rico, com
raríssimas exceções.
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A
verdade é que a Veja deveria se desestatizar, já que o pasquim elogia e
defende tanto a iniciativa privada, bem como deveria parar de viver do
dinheiro público, como o faz a Editora Abril, que sobrevive graças às
cinco mil assinaturas distribuídas em escolas e repartições públicas de
São Paulo, além de receber dinheiro do Governo Federal, como ainda fazem
os Correios.
Por
sua vez, o Governo Trabalhista decidiu cortar as verbas publicitárias
de Veja pagas pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica e Petrobras. São R$
6,1 milhões anuais, o que, sobremaneira, deve prejudicar os cofres de
uma das piores revistas publicadas neste País e que não tem qualquer
compromisso com seu desenvolvimento e o bem-estar da Nação.
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Ainda
é pouco, porque os crimes que Veja cometeu deveriam ser julgados tais
quais aos do magnata bilionário australiano, Rupert Murdoch, cujos
editores e chefes de redação cometeram crimes de espionagem com a
finalidade de escandalizar as notícias e, por seu turno, favorecer a
vendagem dos jornais de seu conglomerado midiático, bem como enfraquecer
politicamente e socialmente autoridades e celebridades que, porventura,
foram espionadas ilegalmente.
O
Governo Dilma e sua Secretaria de Comunicação há muito tempo deveriam
suspender a publicidade desses veículos privados e que se comportam como
inimigos do País, porque não concordam com os programas de governo e o
projeto de País apresentados ao povo brasileiro e por ele aprovado nas
urnas.
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Veja é o lúmpen da imprensa da Casa Grande. É isso aí.
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