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01/04/2016
Por Fernando Brito
Na conversa do ministro José Roberto Barroso com estudantes de Direito gravada (virou moda) e divulgada ontem pelos jornais, este se mostra assustado com a cena que viu, na reunião do diretório do PMDB onde se gritava “Temer Presidente”.
‘Meu Deus do céu! Essa é a nossa alternativa de poder?’
Como todo mundo viu a foto, coloco outra, bem recente (de janeiro) da convenção que escolheu os personagens que assustam Barroso, inclusive os que se esconderam da foto atual.
Ministro, com todo o respeito, há coisa mais assustadora, que deriva da imagem que o assusta.
É que, como sabe o senhor, o governo que eventualmente emergisse dali não sobreviveria ao STF, pela situação em que se encontra o “general da banda podre” que deslustra a imagem.
Ou, ao contrário, o STF não sobreviveria a um governo saído dali.
Numa ou noutra hipótese, a institucionalidade da vida brasileira estaria quebrada ou por um fio.
Não posso ter a pretensão de ensinar latim ao ministro: ele sabe de onde vem o que se acha tenebroso.
Ele sabe que vem de trevas.
Mas posso, talvez, ilustrá-lo em biologia.
É que nas trevas não vivem apenas os monstros que tememos.
É que só nelas se desenvolvem um bichinho bem asqueroso, uma larva que tira da escuridão seu próprio nome: o tenébrio.
É o “bicho da farinha”, como o povão o conhece.
Mas o senhor precisa refletir: será que o papel do Supremo é só olhar a forma de um julgamento político por um suposto crime de de responsabilidade? Indiferente ao fato de haver, sequer, base para que se diga existir o tal crime?
Pode prevalecer um entendimento como que que o senhor Sidney Sanches emitiu falando aos jornais: “É um julgamento feito por políticos, é muito diferente do processo judicial, não precisa de provas nem fundamentação. O voto é sim ou não. Se o STF interferir, é invasão de competência”.
Eu, que não sou jurista, fico com a máxima popular: Direito é bom-senso e algo que “ não precisa de provas nem fundamentação” não é julgamento, é arbítrio puro.
Ministro Barroso: as trevas dependem de que quem aceite que as luzes se apaguem.
.Por Fernando Brito
Na conversa do ministro José Roberto Barroso com estudantes de Direito gravada (virou moda) e divulgada ontem pelos jornais, este se mostra assustado com a cena que viu, na reunião do diretório do PMDB onde se gritava “Temer Presidente”.
‘Meu Deus do céu! Essa é a nossa alternativa de poder?’
Como todo mundo viu a foto, coloco outra, bem recente (de janeiro) da convenção que escolheu os personagens que assustam Barroso, inclusive os que se esconderam da foto atual.
Ministro, com todo o respeito, há coisa mais assustadora, que deriva da imagem que o assusta.
É que, como sabe o senhor, o governo que eventualmente emergisse dali não sobreviveria ao STF, pela situação em que se encontra o “general da banda podre” que deslustra a imagem.
Ou, ao contrário, o STF não sobreviveria a um governo saído dali.
Numa ou noutra hipótese, a institucionalidade da vida brasileira estaria quebrada ou por um fio.
Não posso ter a pretensão de ensinar latim ao ministro: ele sabe de onde vem o que se acha tenebroso.
Ele sabe que vem de trevas.
Mas posso, talvez, ilustrá-lo em biologia.
É que nas trevas não vivem apenas os monstros que tememos.
É que só nelas se desenvolvem um bichinho bem asqueroso, uma larva que tira da escuridão seu próprio nome: o tenébrio.
É o “bicho da farinha”, como o povão o conhece.
Mas o senhor precisa refletir: será que o papel do Supremo é só olhar a forma de um julgamento político por um suposto crime de de responsabilidade? Indiferente ao fato de haver, sequer, base para que se diga existir o tal crime?
Pode prevalecer um entendimento como que que o senhor Sidney Sanches emitiu falando aos jornais: “É um julgamento feito por políticos, é muito diferente do processo judicial, não precisa de provas nem fundamentação. O voto é sim ou não. Se o STF interferir, é invasão de competência”.
Eu, que não sou jurista, fico com a máxima popular: Direito é bom-senso e algo que “ não precisa de provas nem fundamentação” não é julgamento, é arbítrio puro.
Ministro Barroso: as trevas dependem de que quem aceite que as luzes se apaguem.
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