sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Contraponto 286 - Amazônia e Pantanal sem cana


18/09/2009


Amazônia, cerrado e Pantanal sem plantações de cana


Foto: Wilson Dias/ABr

Blog do Zé Dirceu

O governo agiu bem - muito bem, registre-se...
Lançamento do zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar para a produção de etanol e açúcar

O governo agiu bem - muito bem, registre-se! - ao proibir novas plantações de cana em terras ainda preservadas do cerrado, Amazônia, Pantanal e seu entorno (o que corresponderá a 81,5% do território nacional conforme levantamento do jornal Folha de S.Paulo).

Pelas medidas anunciadas pelo governo, fica determinado que quem desrespeitá-las e fizer lavoura irregular será punido com multas de até R$ 50 milhões, desapropriação das terras e bloqueio dos bens do proprietário. Um dos objetivos das duras medidas adotadas é evitar que o cultivo da cana cresça em áreas ainda preservadas, principalmente nas regiões de cerrado, cujos rios abrigam metade do potencial de geração de energia hidrelétrica do país e já perdeu quase metade da vegetação original.

O Brasil tem hoje 7,8 milhões de hectares (78 mil km2) ocupados com plantações de cana-de-açúcar. O governo quer ampliar a área em 86% até 2017, incorporando mais 6,7 milhões de hectares (67 mil km2) para essa cultura.

Por isso um decreto assinado hoje pelo presidente Lula - relativo à concessão de crédito público aos produtores de cana - indicará uma área quase cinco vezes maior (que os 7,8 milhões hoje ocupados com cana), sem restrição ambiental e majoritariamente ocupada hoje por pastagens, como ideal para passar a ter cana de açúcar.
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