terça-feira, 12 de abril de 2011

Contraponto 5182 - Procura-se Miriam Leitão

Quem souber do paradeiro de Miriam Leitão e seus colegas, favor perguntar a "abalizada" opinião dela sobre a ingerência do governo FHC em uma empresa privada.


Recentemente ele teceu críticas ao governo Dilma, porque o Governo Federal, como legítimo acionista da mineradora Vale, se interessou pelo destino da empresa, participando da escolha do sucessor de Roger Agnelli.

Pois em 2002, aconteceu algo muito mais surreal, conforme captamos no sábado na nota: Bomba: Época revela que a AGU, sob Gilmar Mendes, advogou para Daniel Dantas

O governo FHC privatizou as empresas de telefonia em 1998, seguindo a cartilha neoliberal do estado mínimo, alegando que não deveria atuar onde a iniciativa privada tivesse interesse.

Mas, em 2002, sob a batuta do então advogado-geral da União, Gilmar Mendes, a AGU (Advocacia Geral da União), sustentada com dinheiro público para atuar em causas públicas, resolveu prestar assistência advocatícia em uma causa do interesse do banco Opportunity de Daniel Dantas, em uma disputa societária exclusivamente privada na Telemig, uma empresa privatizada, que FHC dizia não ser da alçada do governo.

Diferente da mineradora Vale, onde o governo é grande acionista através do BNDES, a disputa na Telemig era entre dois grupos privados (o Opportunity contra o grupo canadense ITW).

E agora? O que tem a dizer Miriam Leitão?

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