30/04/2011
Brasil tem mais de 132 mil casas chefiadas por crianças
Mais de 132 mil domicílios brasileiros são chefiados por crianças de 10 a 14 anos, de acordo com dados preliminares do Censo 2010, divulgados nesta sexta-feira (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Proporcionalmente aos 57 milhões de domicílios, esse número não é muito expressivo. Entretanto, reflete outra realidade: a presença de trabalho infantil na sociedade brasileira”, alerta o o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes.
Outro dado preocupante é que existem 14,6 milhões de analfabetos no País, o equivalente a 9% da população acima de 10 anos, idade considerada ideal para a conclusão da alfabetização. Em 2000, esse porcentual era ainda maior: 12,8%.
Nas regiões, as mais altas taxas de analfabetismo registradas no ano passado foram no Nordeste (17%) e no Norte (10%). As regiões Sudeste (5,1%), Sul (4,7%) e Centro- Oeste (6,6%), ficaram abaixo da média nacional. O maior número de analfabetos está na zona rural (21,3%). Já nas zonas urbanas, o índice é de 6,8%.
Ritmo de crescimento da população diminui
O Brasil alcançou a marca de 190,7 milhões de habitantes e a menor taxa de crescimento populacional já registrada: 1,17% entre 2000 e 2010. As maiores taxas de crescimento, desde 1872 (ano do primeiro recenseamento), ocorreram nas décadas de 50 e 60, com picos de 3%. As populações das dez unidades federativas que mais cresceram na última década são das regiões Norte e Centro- Oeste. O Amapá (3,4%) teve o maior aumento populacional, seguido por Roraima (3,3%), Acre (2,7%), Distrito Federal (2,2%), Amazonas (2,1%), Pará (2%), Mato Grosso (1,9%), Goiás (1,84%), Tocantins (1,8%) e Mato Grosso do Sul (1,6%).
Na lista das cidades mais populosas do Brasil, poucas alterações. São Paulo (11,2 milhões) continua sendo a maior, seguida por Rio de Janeiro (6,3 milhões), Salvador (2,6 milhões), Brasília (2,5 milhões), Fortaleza (2,4 milhões) e Belo Horizonte (2,3 milhões). Em 2000, Brasília estava na sexta colocação, Fortaleza na quinta e Belo Horizonte na quarta, com as demais cidades na mesma posição.
As regiões do país não cresceram de forma uniforme. Norte (2%) e Centro-Oeste (1,9%) foram as que mais aumentaram, em grande parte pela migração. As regiões Sudeste e Nordeste, ficaram com pouco mais de 1%. A Região Sul foi a que menos aumentou: 0,87%.
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