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29/01/2013
Dilma e Franklin: este encontro muda o governo?
Do Brasil 247 - 29 de Janeiro de 2013 às 21:57
Nesta quarta, a presidente receberá no
Palácio do Planalto o ex-ministro Franklin Martins, que comandou a área
de comunicação no governo Lula, numa audiência aguardada com grande
expectativa; visto como inimigo pelos grandes meios de comunicação,
Franklin é autor de uma Lei de Meios que democratiza o setor no País;
sua chegada ocorre no momento em que o PSDB representa contra Dilma, com
base em editoriais escritos por Folha, Veja, Globo e Estadão
247 - A audiência mais esperada do
ano ocorrerá nesta quarta-feira, em Brasília. No Palácio do Planalto, a
presidente Dilma Rousseff receberá o jornalista Franklin Martins,
ex-ministro da Secretaria de Comunicação, no Palácio do Planalto.
Franklin é autor de uma Lei de Meios, semelhante à que foi implantada
por Cristina Kirchner, para democratizar o setor de comunicação – estudo
recente, da organização Repórteres sem Fronteiras, apontou a mídia
brasileira como uma das mais cartelizadas do mundo, como se no Brasil
houvesse "30 Berlusconis" (leia mais aqui).
Ao deixar o governo Lula, no fim de 2010, Franklin deixou
seu projeto nas mãos do governo, mas o ministro Paulo Bernardo, das
Comunicações, não o levou adiante. Até agora, o discurso do governo
Dilma tem sido o de que a melhor maneira de regular o setor de mídia é o
controle remoto – o que incomoda setores da esquerda, e especialmente
do PT, que gostariam de uma nova regulamentação para o setor. O
presidente do partido, Rui Falcão, condena, por exemplo, a propriedade
cruzada – o que é vetado nos Estados Unidos e impede, por exemplo, que
emissoras de televisão sejam também proprietárias de jornais.
Por ter elaborado um projeto de uma Lei de Meios, Franklin
foi convertido em inimigo número 1 dos grandes meios de comunicação,
que o acusam de querem implantar a censura no País. Ao mesmo tempo, há
um certo cansaço com o "monopólio" da opinião no País.
Praticamente
todos os grandes veículos de comunicação do País repetem um discurso
uniforme, elaborado no Instituto Millenium, contra o PT, contra Lula e,
mais recentemente, contra iniciativas do governo Dilma. Um exemplo disso
ocorreu nesta terça-feira, quando integrantes do PSDB apresentaram
representação contra Dilma por seu pronunciamento sobre a redução das
tarifas de luz. O que ancorava a representação? Editoriais da Folha, do
Estado, do Globo, de Época e de Veja.
Leia, abaixo, reportagem da Rede Brasil Atual a respeito disso:
PSDB usa 'Folha, 'Estadão', 'Globo' e 'Veja' para justificar ação contra Dilma
Orientando-se pelos editorais da grande imprensa, tucanos
afirmam que presidenta fez promoção pessoal e propaganda eleitoral e
partidária no pronunciamento do último dia 23
São Paulo – O PSDB usou editorais dos jornais Folha de S.Paulo, O Estado de São Paulo e O Globo, além de um texto da revista Veja,
para justificar a representação que protocolou hoje (29) na
Procuradoria-Geral da República contra a presidenta Dilma Rousseff. A
ação – acompanhando a linha dos textos pulicados na grande imprensa –
acusa Dilma de fazer “promoção pessoal” e “propaganda eleitoral e
partidária” no pronunciamento de rádio e TV levado ao ar no último dia
23, quando a presidenta anunciou a redução das tarifas de energia
elétrica e criticou os que são “do contra”.
Segundo a representação, assinada por advogados do PSDB,
Dilma “transformou o espaço (...) em um palanque de lutas partidárias” e
fez “puro proselitismo político”.
O texto argumenta ainda que o formato do pronunciamento
lembra as peças publicitárias da campanha presidencial de 2010, como
caracteres e recursos gráficos. Para o PSDB, as “semelhanças” são
indicativos do caráter “eleitoreiro”.
A ação também questiona o uso da logomarca do governo na
abertura do pronunciamento e o fato de Dilma vestir uma roupa vermelha,
“em uma clara referência às roupas vermelhas utilizadas na campanha de
2010 e nos programas partidários, fazendo alusão à cor do seu partido”.
No entendimento dos tucanos, tais elementos mostram que
Dilma cometeu um “verdadeiro crime de responsabilidade” e um
“desvirtuamento do escopo legal”.
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