15/02/2013
Acordo ou Lei
O Google é uma empresa diferente.
Boa parte de sua receita vem do uso de conteúdo de terceiros, sejam
portais, jornais, revistas ou blogs. Ora, quando pesquisamos no site da
companhia, os resultados retornados são todos textos extraídos de outros
lugares da rede onde aparecem as palavras-chave buscadas. Lutando para
ganhar atenção, estão lá também os links patrocinados, ávidos por trazer
mais lucro à gigante das buscas. É um novo modelo publicitário usado
igualmente pelos outros motores de pesquisa, onde o produto são as
palavras e a venda, os links pagos clicados.
Como podem sobreviver assim os portais informativos? Os jornais cearenses, por exemplo, gastam anualmente uma fortuna para produzir conteúdo jornalístico de qualidade, aquela manchete polêmica, aquela coluna bombástica, a entrevista tão esperada. Estando aberto o conteúdo, cada página, cada frase, cada imagem é cuidadosamente vasculhada e incessantemente indexada pelos robôs rastreadores, prontas para entrar no leilão de palavras-chave.
Cobrar pelo acesso não parece ser a melhor solução. Perde-se a característica mais marcante em tempos de web 2.0: o compartilhamento, especialmente em mídias sociais. Não ser citado, não ser comentado, não ser nem mesmo encontrado é o fim para qualquer veículo noticioso. Felizmente está surgindo uma saída gloriosa para todos, produtores de notícias, motores de busca e nós consumidores, loucos por informação. Os franceses acabam de anunciar a criação de um fundo de sessenta milhões de euros financiado pela Google, sob o pretexto de “facilitar a transição da imprensa para o mundo digital”. Um acordo histórico, sem dúvida, capaz de trazer finalmente uma contrapartida a quem diariamente alimenta e mantém em funcionamento os mecanismos de pesquisa.
Segundo Marc Schwartz, mediador francês, melhor um acordo do que uma lei. Aqui no Brasil, não podemos nos dar o luxo de esperar o fechamento de mais jornais. Faremos um acordo, ou teremos uma lei?
*Riverson Rios.
Coordenador do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC)
riverson@ufc.br
.
Como podem sobreviver assim os portais informativos? Os jornais cearenses, por exemplo, gastam anualmente uma fortuna para produzir conteúdo jornalístico de qualidade, aquela manchete polêmica, aquela coluna bombástica, a entrevista tão esperada. Estando aberto o conteúdo, cada página, cada frase, cada imagem é cuidadosamente vasculhada e incessantemente indexada pelos robôs rastreadores, prontas para entrar no leilão de palavras-chave.
Cobrar pelo acesso não parece ser a melhor solução. Perde-se a característica mais marcante em tempos de web 2.0: o compartilhamento, especialmente em mídias sociais. Não ser citado, não ser comentado, não ser nem mesmo encontrado é o fim para qualquer veículo noticioso. Felizmente está surgindo uma saída gloriosa para todos, produtores de notícias, motores de busca e nós consumidores, loucos por informação. Os franceses acabam de anunciar a criação de um fundo de sessenta milhões de euros financiado pela Google, sob o pretexto de “facilitar a transição da imprensa para o mundo digital”. Um acordo histórico, sem dúvida, capaz de trazer finalmente uma contrapartida a quem diariamente alimenta e mantém em funcionamento os mecanismos de pesquisa.
Segundo Marc Schwartz, mediador francês, melhor um acordo do que uma lei. Aqui no Brasil, não podemos nos dar o luxo de esperar o fechamento de mais jornais. Faremos um acordo, ou teremos uma lei?
*Riverson Rios.
Coordenador do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará (UFC)
riverson@ufc.br
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