domingo, 17 de fevereiro de 2013

Contraponto 10.485 - "Correa vence e coroa esquerda na América Latina"

De Monica Yanakiew
 
Correspondente da Agência Brasil/EBC


Quito – O presidente do Equador, Rafael Correa, foi reeleito neste domingo 17 para um terceiro mandato consecutivo, que terminará em 2017, quando ele completar uma década no poder – um recorde em um país marcado por crises econômicas e políticas. Os 11,6 milhões de eleitores equatorianos também escolheram um novo vice-presidente, Jorge Glas, do Movimento Aliança Pais, de Correa, e 137 parlamentares da Assembleia Legislativa, além de cinco representantes do Parlamento Andino.

Correa não esperou os resultados oficiais para comemorar. Mal fecharam as urnas, saíram os primeiros resultados de boca de urna, confirmando a sua reeleição no primeiro turno. Correa tinha 58,80% dos votos, quase três vezes mais do que os 23,1% obtidos pelo segundo colocado, o ex-banqueiro Guillermo Lasso. Meia hora depois do fechamento das urnas, Correa saiu ao balcão do palácio presidencial para agradecer ao povo, que o esperava na Praça da Independência.

"Obrigado pela confiança", disse Correa, que prometeu aprofundar a revolução cidadã iniciada por ele em 2006, quando foi eleito presidente pela primeira vez com a promessa de uma reforma constitucional. A nova Constituição, aprovada pela Assembleia Constituinte e submetida a um plebiscito popular, convocou novas eleições presidenciais para 2009 e estabeleceu o direito a dois mandatos consecutivos. Correa candidatou-se e ganhou seu segundo mandato – mas como era o primeiro, com a nova Constituição, teve direito a uma segunda reeleição.

O presidente votou de manhã e depois acompanhou sua filha, Anne Correa, de 16 anos, a votar. É a primeira vez, no Equador, que adolescentes de 16 a 18 anos, além de policiais e militares na ativa, podem votar.

 
Equador em destaque no mapa

247 – Rafael Correa se tornou um personagem global com o episódio que envolveu o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange. No ano passado, o presidente concedeu asilo diplomático ao jornalista australiano, que cumpria prisão domiciliar na Inglaterra e passou a viver na embaixada do Equador em Londres. Para alguns, a atitude foi vista como uma forma de Correa melhorar sua imagem em assuntos relacionados à liberdade de expressão. Mas a verdade é que ele ganhou destaque na imprensa do mundo todo, assim como seu país.

Além do caso Assange, o carismático economista com formação em Harvard é o maior candidato a preencher o espaço que ficou vazio na política internacional com a ausência do presidente venezuelano, Hugo Chávez, há mais de dois meses internado em Havana. Artigo de Helena Celestino, colunista do jornal O Globo, afirma que Correa é o mais provável herdeiro de Chávez como líder da ala populista da América Latina.

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