quinta-feira, 9 de maio de 2013

Contraponto 11.142 - "Dilma a Maduro: 'Vamos criar futuro de paz' "

247 - "O desafio da união regional, sonho de todos nossos antepassados e frustração de tantas gerações, tem sido encaminhado por todos nós. Nossos países estão mostrando essa vocação para criar um futuro comum, sem espírito de confrontação e ingerência externa", discursou a presidente Dilma Rousseff durante pronunciamento conjunto com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. "Vamos fazer da vontade de união entre nossos países um exemplo para toda região", disse a presidente brasileira.

Em seu discurso, Dilma destacou a orquestra sinfonica Simon Bolívar, que se apresentou recentemente no Brasil, e agradeceu o apoio da venezuela à candidatura do Brasil à Organização Mundial do Comércio (OMC). Dilma disse ainda que manterá com Maduro o nível elevado de relacionamento que manteve com seu sucessor, Hugo Chávez. A presidente brasileira finalizou desejando a Maduro um ótimo governo.

Na sequência, Nicolás Maduro destacou sua conversa com o ex-presidente Lula, que precedeu o encontro com Dilma. Maduro, que destacou o legado de seu antecessor, entregou um quadro com uma imagem de Hugo Chávez como presente para Dilma.

Viagem

O Brasil é a última etapa da viagem de Maduro pelos países do Mercosul – Uruguai e Argentina. Ele não foi ao Paraguai, que está suspenso do bloco há 11 meses, mas defendeu o fim da punição. A visita é para incrementar as relações multilaterais e agradecer o apoio à sua eleição, em abril.

Do lado de fora do Palácio do Planalto, o venezuelano foi acompanhado por uma manifestação de simpatizantes e críticos do governo da Venezuela. Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também integraram o protesto. Do lado dos críticos, um cartaz, em espanhol, dizia: “Maduro: a legitimidade não se compra”. 

Acompanhado pela primeira-dama venezuelana, Cilia Flores, Maduro antes de chegar ao Palácio do Planalto conversou por cerca de uma hora com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na Embaixada da Venezuela em Brasília. Após as reuniões no Planalto, Maduro segue para a Universidade de Brasília (UnB) para um encontro com professores da instituição.

Recepção

No Planalto, Maduro foi recepcionado por grande parte da equipe de governo, como os ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores), Celso Amorim (Defesa), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Edison Lobão (Minas e Energia), Antônio Andrade (Agricultura), Helena Chagas (Comunicação Social) e o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. Autoridades brasileiras informaram que a visita de Maduro é para incrementar as iniciativas de integração produtiva, segurança alimentar, políticas públicas, saúde e desenvolvimento social e tecnológico. Os dois países também apoiam iniciativas de cooperação trilateral no Caribe, cujo foco é baseado na agricultura familiar e no desenvolvimento social.

O comércio entre Brasil e Venezuela aumentou sete vezes, comparando os anos de 2003 a 2012. No ano passado, o comércio bilateral alcançou o recorde histórico de US$ 6,05 bilhões. As exportações brasileiras de manufaturados para a Venezuela cresceram 30% em 2012, alcançando 65% da pauta exportadora.

O processo de adesão da Venezuela ao Mercosul segue o cronograma acordado pelo bloco, com a adoção da nomenclatura comum do bloco e com o início da convergência à Tarifa Externa Comum. A visita de Maduro ocorre no momento em que a oposição na Venezuela, liderada por Henrique Capriles, candidato derrotado, levanta dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral. Maduro venceu Capriles por pouco mais de 200 mil votos.

Com Agência Brasil
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