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18/05/2013
Veja e Época colocam a faca no pescoço de Zavascki
Do Brasil 247 - 18 de Maio de 2013 às 06:00
Preocupadas com a possível reversão do julgamento
da Ação Penal 470, as revistas semanais da Abril e da Globo tentam
intimidar o mais recente ministro do Supremo Tribunal Federal, cujo voto
poderá ser decisivo para reduzir penas, inocentar alguns réus e até
para preservar o mandato de parlamentares como João Paulo Cunha (PT/SP) e
José Genoíno; se a mudança se confirmar, “seria escandaloso”,
sacramenta Veja
Esta nova etapa deverá ser aberta na próxima semana, quando o plenário do STF se pronunciar sobre a admissibilidade ou não dos chamados embargos infringentes. O presidente da corte, Joaquim Barbosa, já se manifestou contrariamente à possibilidade de recursos, mas deve ser derrotado em plenário, uma vez que vários ministros que votaram contra a defesa, como Celso de Mello e Marco Aurélio Mello, já sinalizaram que defendem os embargos.
Nesse cenário, o voto de Zavascki poderá ser decisivo, já que diversas votações dividiram o plenário e tiveram placares bem apertados. Por isso, Veja e Época deram início à operação “faca no pescoço”, expressão usada pelo ministro Ricardo Lewandowski para retratar a pressão exercida pelos meios de comunicação sobre os ministros do STF.
Em Veja, diz-se textualmente o seguinte:
“A reabertura do julgamento e a
revisão das penas terão como fiel da balança o ministro Teori Zavascki,
nomeado pela presidente Dilma Rousseff. Na primeira vez em que foi
cotado para o posto, Zavascki se recusou a assumir compromisso com a
absolvição dos mensaleiros, e as forças trevosas boicotaram seu nome. Na
segunda tentativa, assumiu o posto. Será que ele conseguiu afastar
aquele impedimento? Seria escandaloso.”
Época, por sua vez, tenta ser mais factual, na reportagem “O fator Teori”. Trata-se de um perfil do ministro gaúcho, onde se afirma que ele não submete a pressões – sem deixar claro, no entanto, se isso se refere a pressões dos réus, do PT ou das Organizações Globo, que editam a revista.
No texto, a revista lembra que Zavascki já se posicionou de forma clara em relação a três pontos que dividiram o STF. Em relação à cassação dos mandatos de parlamentares, em que a defesa perdeu por 5 a 4 depois que Celso de Mello esqueceu o que ele próprio havia dito, Zavascki já disse com todas as letras que a prerrogativa é do Legislativo – e não do Judiciário. Sobre formação de quadrilha, o ministro também critica a banalização desse tipo de imputação. Em relação a lavagem de dinheiro, ele afirma que deve se provar que o beneficiado tinha ciência da origem ilícita do dinheiro – o que poderá até absolver o deputado João Paulo Cunha (PT/SP).
Claramente, nota-se que as forças políticas que movimentaram o tabuleiro do STF estão preocupadas com o segundo tempo do jogo. Fecharam o primeiro tempo em vantagem, mas já levaram algumas bolas na trave. E tentam agora intimidar o ministro Teori Zavascki.
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PITACO DO ContrapontoPIG
Só então veremos se temos um novo ministro de verdade ou se temos mais um verme amedrontado pelo PIG.
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