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06/11/2013
Para ministra de educação da Finlândia, é preciso garantir a escola pública para cidadãos de todas as classes sociais
Do Jornalggn - 06/11/2013
Enviado qua, 06/11/2013 - 18:22 por
Centro de Referências em Educação Integral
“Nós garantimos recursos para escolas públicas, na tentativa de diminuir as diferenças entre as escolas. A escola pública deve se tornar uma opção atrativa para que pais possam optar por ela em vez da privada”. Essa é a conclusão da Ministra da Educação da Finlândia, Jaana Palojärvi, que coordena a pasta do país que é considerado como o que tem uma das melhores sistemas educacionais do mundo.
Em entrevista ao jornal gaúcho Zero Hora, Palojärvi indicou que na Finlândia, há uma cultura tradicional de que todos devem ter acesso as mesmas oportunidades e que essas devem primar pela qualidade.
“Acreditamos que, independentemente da origem socioeconômica, todos devem participar e avançar no caminho de educação”, indicou, salientando que a valorização da escola e educação pública foi pensada como um desenvolvimento de longo prazo, incluindo um plano de investimento orçamentário.
A ministra contou que a reforma educacional do país aumentou a obrigatoriedade de anos de estudo e diminuiu drasticamente o número de crianças e adolescentes evadidos, especialmente entre aqueles que antes tinham um desempenho acadêmico considerado insatisfatório.
Para Palojärvi, o Brasil poderia se espelhar no modelo finlandês investindo mais recursos e priorizando a educação pública para todos os cidadãos. Ela refletiu que, assim como acontece em seu país, o Brasil tem que convencer famílias de diferentes classes sociais a optarem pela escola pública e garantir em uma mesma sala de aula, estudantes de diferentes classes sociais.
Participação social
Segundo a ministra, outro ponto importante é participação da comunidade na escola e na educação das crianças e jovens. Ela explicou que na Finlândia, a educação popular voluntária é um conceito tradicional e uma prática constante. “Os adultos finlandeses também são os mais capazes de utilizar, no dia a dia, os conhecimentos e competências que adquiriram ao longo da vida. Grande parte desta educação acontece em associações e centros de ensino voluntários voltados para adultos”, garantiu.
Desta maneira, segundo Palojärvi, a sociedade civil assume um papel central na educação e contribui com o Estado na discussão da legislação, do financiamento e dos planos de desenvolvimento da educação. “Além disso, nas escolas finlandesas, investe-se muito na cooperação entre escola e família”, pontuou.
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