Do JornalGGN - qua, 18/12/2013 - 15:51
Da Folha
Após mais de dez anos de discussão, a
presidente Dilma Rousseff decidiu pela aquisição de caças suecos Gripen-
NG, da sueca Saab, para a FAB (Força Aérea Brasileira) do programa
FX-2.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, e o
comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, concederão
entrevista coletiva, às 17h, para o anúncio da aquisição dos caças. No
sábado, o Painel havia antecipado que
a presidente havia comunicado ao presidente da França, François
Hollande, que o Brasil não compraria da França as 36 aeronaves.
É um final surpreendente para a disputa,
que teve ao longo do segundo governo Lula o francês Dassault Rafale
como o principal favorito --o avião chegou a ser anunciado como
escolhido pelo presidente e seu colega Nicolas Sarkozy em 2009, mas o
governo brasileiro recuou após a insatisfação da FAB, que não havia sido
consultada sobre a decisão.
Contra o Rafale sempre pesou a questão
do preço: seu pacote inicial chegava a US$ 8 bilhões, embora descontos
tenham sido negociados. No governo Dilma Rousseff, os americanos e seu
Boeing F/A-18 passaram à dianteira por causa de sua oferta comercial
mais atraente, de declarados US$ 7,5 bilhões mas com diversas
compensações. A Boeing chegou a associar-se para vender o novo cargueiro
da Embraer, o KC-390.
Só que o escândalo da espionagem da
Agência Nacional de Segurança americana, que incluiu Dilma no rol das
autoridades alvo de arapongagem, derrubou politicamente o F-18.
Com isso, o pequeno Gripen, avião
criticado por ser menor do que os concorrentes e menos testado em
combate, voltou à condição de favorito que a própria FAB havia declarado
em seu primeiro relatório sobre a escolha, em dezembro de 2009. O
pacote de 36 aviões foi oferecido por US$ 6 bilhões, mas a compra pode
acabar em torno de US$ 5 bilhões.
ENTENDA O CASO
Em 2001, na gestão FHC, foi aberto o
programa F-X para substituir os caças de interceptação da FAB (Força
Aérea Brasileira). O Mirage-2000 francês, o Sukhoi-35 russo e o Gripen
sueco disputavam a preferência.
Após Lula assumir em 2003, o processo
foi congelado e, depois, encerrado. Foi reaberto como F-X2 para a compra
de 36 aviões. Foram escolhidos o Gripen, o Rafale (França) e o F-18
(EUA). Os russos ficaram de fora.
Em 2009, um relatório técnico da Força
Aérea deu preferência ao Gripen, da Suécia. O ex-presidente Lula,
contudo, chegou a anunciar que o Rafale havia vencido. Ele recuou depois
e o processo parou novamente.
Com a posse de Dilma em 2011, o processo
foi retomado e o F-18 americano tornou-se favorito. Só que as denúncias
de espionagem americana contra o governo do Brasil interromperam as
negociações.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista