.
20/12/2013
Fiesp judicializa a política sob as bênçãos da imprensa e o olhar de Joaquim Barbosa
SKAF AJUDOU A DAR FIM À CPMF E AGORA QUER DERRUBAR O IPTU. |
Por Davis Sena Filho
O Judiciário governa o País, e os políticos
eleitos pelo povo brasileiro são praticamente obrigados a dizer amém. É a
judicialização da política e a criminalização dos políticos que no Brasil de
hoje têm dificuldades enormes para governar, porque, ante de tudo, têm de
enfrentar o Partido da Justiça e o Partido da Imprensa, que, juntos, combatem
governantes legitimamente eleitos, principalmente quando os mandatários são
membros do Partido dos Trabalhadores.
O prefeito de São Paulo,
Fernando Haddad (PT), aumentou o IPTU dos mais ricos, que moram em bairros
superestruturados, onde não falta nada e que, proporcionalmente, pagam taxas e
impostos menores que a maioria dos moradores dos bairros populares e das
comunidades carentes.
O reajuste do IPTU é progressivo
e beneficia àqueles que têm dificuldades para pagar impostos, além de o
dinheiro arrecadado, segundo Haddad, ter a finalidade de melhorar a
infraestrutura de centenas e centenas de bairros paulistanos que sofrem com a
falta de água potável, saneamento básico, pavimentação de ruas, iluminação
pública, galerias de águas pluviais e urbanização em geral, como a construção e
reformas de praças, além da edificação de casas e de postos de saúde, bem como
a melhoria do ensino público.
Contudo, como todo mundo sabe, no
ano que vem tem eleições para o Governo de São Paulo e o PT, depois de longo
tempo, conquistou a Prefeitura paulistana, o que, indubitavelmente, ligou o
alerta da direita paulista, uma das mais reacionárias e elitistas do mundo, que
está desesperada só em pensar em perder a cadeira do Palácio dos Bandeirantes.
Acontece que o PT e a candidata,
Dilma Rousseff, são os favoritos para vencer as eleições presidenciais. Apesar
da oposição sistemática da imprensa de negócios privados, os índices de
aprovação da presidenta são altos, enquanto isso o principal candidato da direita,
o senador Aécio Neves, do PSDB, derrapa no caminho para conquistar o Palácio do
Planalto.
Por sua vez, o PSDB e o governo
paulista estão em crise depois de três derrotas em eleições presidenciais. Além
do mais, os casos do trensalão e do metrosalão, escândalos de mais de R$ 1
bilhão mexeram com as estruturas dos políticos tucanos, que contam com o apoio
da imprensa para que tamanha corrupção não seja tão evidenciada ou que não tenha
tanta publicidade nos meios de comunicação privados como fizeram com o mensalão
do PT durante oito anos, de forma intermitente cujo objetivo era fazer com que
o assunto não caísse no esquecimento ou saísse da memória do cidadão mediano
brasileiro, que também são denominados de coxinhas ou Homer Simpson.
A verdade é que se a direita
perder São Paulo para o PT é melhor encomendar o corpo, fechar o caixão para
depois enterrar o que sobrou dos tucanos, que quando estiveram no poder
governaram para os ricos e quebraram o Brasil três vezes depois de venderem
mais de uma centena de estatais, dentre elas a Vale do Rio Doce e a Telebras.
A direita está desesperada e
por isso conta com o apoio e a cumplicidade de setores do Ministério Público
Federal (MPF) e com o Supremo Tribunal Federal (STF), além dos tribunais
inferiores, a exemplo dos Tribunais de Justiça (TJ) e do Superior Tribunal de
Justiça (STJ).
E é o que aconteceu,
principalmente a partir de 2005 quando os conservadores herdeiros da escravidão
perceberam que o governo trabalhista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
era imensamente popular, reconhecido positivamente no exterior e que estava, de
fato, a distribuir riqueza e renda de tal forma que o Brasil, no decorrer dos
últimos onze anos passou por mudanças profundas, uma revolução silenciosa, que
elevou o País no mundo e incluiu dezenas de milhões de brasileiros, que
passaram a ser tratados como cidadãos e deixaram de ser invisíveis para o
Governo e o todo da sociedade. Ponto.
A questão do IPTU em São Paulo
não é meramente um assunto paroquial. É, seguramente, uma questão que tomou uma
dimensão nacional, porque ela foi propositalmente judicializada pela direita
partidária e midiática, bem como pelos seus órgãos de apoio, a exemplo do TJ de
São Paulo e do STJ, cujos juízes se tornaram políticos e, por seu turno, querem
governar no lugar de quem foi eleito e institucionalizado pelos seus eleitores,
como é o caso do prefeito Fernando Haddad.
Paulo Skaf, presidente da Fiesp
e virtual candidato do PMDB a governador de São Paulo está por trás desse processo
draconiano e que visa desestabilizar politicamente o prefeito Haddad. O
presidente da Fiesp sabe que a tabela do IPTU proposta pelo prefeito é justa e
visa, progressivamente, desonerar a maioria dos paulistanos, que há anos pagam
impostos, taxas e tarifas exorbitantes e que foram implementados pelos
sucessivos governos tucanos, que governam São Paulo há quase 20 anos e que têm
como exemplos símbolos os caríssimos pedágios, que revoltam todos os paulistas
e brasileiros que porventura têm de rodar pelas rodovias de São Paulo. É o
neoliberalismo tucano na veia.
Somente no Brasil de hoje que questões sobre
o IPTU vão para a alçada do Judiciário, em última instância, que é o caso do
STF. O juiz Joaquim Barbosa, político de direita que poderá se candidatar à
Presidência da República vai decidir sobre o que é da autoridade do prefeito
Haddad, que, democraticamente, reuniu-se com Barbosa e afirmou à imprensa que "a
Fiesp lutou contra a CPMF. Isso tirou R$ 60 bilhões da saúde. Fez bem para a
saúde? Acho que não. Nós economizamos muito pouco individualmente e
prejudicamos muito a saúde pública em função do fim da CPMF. Acho que a Fiesp
está tentando fazer agora a mesma coisa com a cidade de São Paulo".
A Fiesp foi atendida pelo TJ e depois pelo
STJ no que é relativo barrar o projeto o prefeito petista no que concerne ao
IPTU. A Fiesp conservadora e antipopular de sempre que implantou há anos um “impostômetro”
na Praça da Sé, mas jamais pensou em colocar na mesma praça um “sonegômetro”,
por questões óbvias, porque se pararmos para pensar no que os empresários
brasileiros sonegam e sonegaram, o Brasil teria dinheiro para ter saúde e
educação de primeiro mundo há muito tempo.
A CPMF era considerada por esse empresariado
sonegador e conservador um tendão de Aquiles, pois propiciava ao estado
brasileiro fiscalizar com mais rigor as movimentações financeiras das grandes
empresas e de seus empresários e executivos. Bastou o tucano FHC – o Neoliberal
I - deixar o poder para que o tributo fosse irresponsavelmente retirado pelo
Congresso com o apoio do empresariado e dos coxinhas teleguiados que repercutem
como papagaios de piratas os valores e os princípios dos ricos, ou seja,
daqueles que os exploram.
Agora virou um cavalo de batalha o IPTU de
São Paulo e esse assunto paroquial se tornou uma questão nacional e eleitoral,
com direito à intervenção do Partido da Justiça, que prendeu deputados do PT
sem culpa comprovada e que até hoje não julgou o mensalão do PSDB, que está
prestes a prescrever, dentre muitos outros casos em que os tucanos estão
envolvidos, mas amenizados pela imprensa de mercado e seus processos parados
nas gavetas da PGR e do STF.
O problema da direita é que apesar da
campanha constante contra o PT e as lideranças populares e trabalhistas ano
após ano, na campanha eleitoral o PT, seus candidatos e aliados vão ter acesso
ao horário eleitoral gratuito e durante meses vão mostrar o quanto o Brasil
avançou e seu povo conquistou.
A direita sabe disso e se desespera e por
isso se agarra a questiúnculas e a tramoias elaboradas nas redações dos jornais
e televisões, a fim de desgastar o Governo trabalhista e desconstruir a imagens
de seus líderes políticos e partidários, realidades essas que acontecem em
Equador, Peru, Nicarágua, Chile, Venezuela, Uruguai, Argentina, dentre outros
países cujos povos se cansaram da cantilena neoliberal e passaram a votar em
candidatos progressistas, de esquerda, que apresentaram propostas de inclusão
social e desenvolvimento econômico e que derrotaram os candidatos de direita,
que em passado recente levaram seus países à bancarrota e seus povos à miséria.
Não há mais espaço para o neoliberalismo sem sentido e que fracassou de forma
retumbante na Europa e nos Estados Unidos.
O prefeito Fernando Haddad informou a quem
quisesse ouvir que o reajuste do IPTU é progressivo, o que proporcionou o
aumento do número de contribuintes isentos. Por sua vez, as pessoas mais pobres
tiveram o imposto diminuído e algumas receberam isenção. Além disso, as
correções no IPTU dos bairros mais ricos foram realizadas, afinal esses bairros
são privilegiados e por isso quem mora neles tem de pagar mais, conforme sua
renda. Justo e democrático. Ponto.
Mesmo assim milionários como o empresário da
Fiesp, Paulo Skaf, vociferam e combatem os benefícios aos mais pobres, a
exemplo da desoneração do IPTU. É a Casa Grande com seu pensamento tacanho,
sectário e egoísta, que pensa que o mundo e a existência são destinados a
poucos “escolhidos” por Deus, a exemplo de Paulo Skaf e a “elite” que ele
representa como um dos chefes do empresariado e da burguesia nacional.
É sempre assim a reação dos privilegiados,
dos que podem mais e dos que desejam um Brasil para poucos se darem bem e
curtirem a vida como nababos ou paxás em toda sua plenitude. A direita é realmente
e filosoficamente perversa. Os ricos pagam menos impostos do que deveriam e,
sem generalizar, muitos deles sonegam. Rico é rico e não precisa da proteção do
estado.
Quem necessita de apoio e segurança para
viver são os pobres, a maioria do povo e por isso que o prefeito Fernando
Haddad tem sido combatido na imprensa burguesa e por lideranças empresariais, a
exemplo do Paulo Skaf, que nas eleições de 2014, se ele for candidato, vai ter
de explicar na televisão o porquê de ele ter combatido as novas regras do IPTU
em São Paulo que beneficiam os mais pobres.
Paulo Skaf começou mal sua campanha e o STF,
por intermédio do juiz Joaquim Barbosa vai judicializar a corrida eleitoral ao
Palácio dos Bandeirantes. O IPTU nas mãos do Judiciário e o Skaf nas mãos do
povo de São Paulo. O problema maior da direita é que existe o horário eleitoral
gratuito.
.
SE JOAQUIM SABE NADA DANTAS CRISTINA DETERMINOU QUE O REAJUSTE DO IPTU EM SP TEM QUE SEGUIR OS INDICES DA INFLAÇAO OU SEJA 6% ENTAO ISSO TEM QUE VALER PARA TODO O BRASIL - SABEMOS QUE PARANA, BAHIA E OUTROS ESTADOS GOVERNADOS PELO PFL E PSDB DERAM AUMENTOS DE 35% E DEVEM ENTAO SEGUIR AS NORMAS DO STF. ISSO NAO PODE SER SO PARA A PREFEITURA DE SP POIS CORRE O RISCO SE A AÇAO NAO FOR TOMADA EM TODOS OS ESTADOS QUE A PREFEITURA DE SP DESOBEDEÇA A DECISAO JUDICIAL. É CLARO SE OS OUTROS MESMO SEM AÇAO JUDICIAL NAO CUMPRIREM O QUE O STF DETERMINOU VALE TAMBEM PARA HADDAD
ResponderExcluir