sábado, 5 de abril de 2014

Contraponto 13.686 - "A luta pela Petrobras que todos queremos…"

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 05/04/2104

A luta pela Petrobras que todos queremos…


Blog Ligia Deslandes  05/04/2014


Lígia Deslandes

Fui estimulada por alguns comentários aqui no Blog a falar mais sobre a Petrobras. Não sei se todos sabem, mas, sou funcionária concursada de sua subsidiária Petrobras Distribuidora desde 1986 e desde então acompanho os movimentos da empresas do sistema. O sistema Petrobras vem fazendo parte de minha vida desde essa época e foi lá que passei bons e maus tempos.

Antes de ser da direção do sindicato dos trabalhadores das empresas de distribuição de combustíveis e derivados de petróleo, eu passei por seis setores dentro da Petrobras Distribuidora. Cada um desses setores foi um aprendizado fenomenal sobre o funcionamento, estrutura organizacional e gestão da empresa em que trabalhava e o restante do sistema Petrobras.

Conheço bastante sobre a área de logística e atendimento. A Petrobras Distribuidora concorre desde 1971 no mercado de vendas de combustíveis com as empresas multinacionais fornecendo combustíveis e lubrificantes para postos e grandes empresas, como subsidiária do sistema Petrobras.
Algo bastante insólito acontecia antes dos governos do PT. A nossa “Holding”, ou controladora como chamamos hoje, a Petróleo Brasileiro S.A. tinha mais compromisso e interesse em entregar os produtos que as distribuidoras das empresas multinacionais precisavam do que com sua subsidiária Petrobras Distribuidora. Era notória a má vontade que existia com a empresa que era sua subsidiária e fazia parte do sistema. Todos nós comentávamos essa idiotice… Como é que pode o braço de distribuição da Petrobras para o mercado ser tão maltratada pela própria Petrobras em detrimento das outras distribuidoras? A influência vinha do todo poderoso sindicato patronal das distribuidoras, o SINDICOM.

E os funcionários da Petrobras Distribuidora eram bons no que faziam, apesar dos inúmeros executivos indicados pelos partidos de direita que sempre fizeram festa. Disputando o mercado, chegamos a liderança do mesmo e tínhamos lucros que sustentaram muitos investimentos da nossa controladora. Vejam que até nosso acordo coletivo era subordinado à convenção coletiva que era feita com o sindicato patronal das distribuidoras. Nossa data-base, em janeiro, era diferente da data-base dos trabalhadores da Petróleo Brasileiro S.A, em setembro. Isso mudou em 1988, mas, as práticas mudaram pouco. Continuávamos trabalhadores de segunda linha…

FHC e todos os seus asseclas quase destruíram a Petrobras. No seu Governo a Petrobras Distribuidora foi preparada para ser vendida, assim como a Petróleo Brasileiro S.A. que tinha que dar prejuízo para justificar a entrega para as multinacionais. Isso só não aconteceu por conta da luta dos sindicatos da época e por que FHC não contava que o povo brasileiro tivesse orgulho da Petrobras e invocasse novamente “O Petróleo é Nosso”. Seu Petrobrax não vingou!

Em 2000 passei a atuar no sindicato como diretora de base. Nessa altura, trabalhava na área de recursos humanos. Até 2002 a Petrobras Distribuidora era uma S.A. Em 2003 isso mudou!  O Governo Lula fechou o capital da empresa que passou a pertencer inteiramente à Petróleo Brasileiro S.A. Uma necessidade estratégica…

Em 2004 vencemos as eleições para o sindicato que representava os trabalhadores da Petrobras Distribuidora na oposição aos que lá estavam. Desde então passamos a trabalhar para que a Petrobras Distribuidora efetivamente fizesse parte do sistema Petrobras e até hoje trabalhamos para sermos trabalhadores de primeira linha… Hoje, temos melhores condições de trabalho do que tínhamos antes.

Ser do sistema Petrobras é motivo de orgulho para todos nós! Não dá para ver a imprensa criando factóides, mascarando fatos, criando intrigas para tentar enganar o povo sobre a forma como vem sendo gerida a Petrobras. Pasadena, assim como vários outros investimentos feitos pela empresa não podem servir para a politicagem da oposição. Qualquer empresário mediano sabe que ao investir em uma empresa, dependendo do investimento feito terá retorno do mesmo de um a cinco anos. Ora, a Petrobras não é uma empresa qualquer, é uma empresa de petróleo, onde os investimentos são grandiosos e precisam de tempo para que o retorno dos mesmos sejam contabilizados. A oposição sabe muito bem disso, pois, já geriu a empresa e fez poucos investimentos. Mas, deu muitos prejuízos. Entre eles o afundamento de uma Plataforma de Petróleo, a P-36.


Assim, para mostrar através de números, quem, de fato, foi responsável pelo grande desenvolvimento que a Petrobras teve, finalizo esse artigo mostrando uma planilha alimentada com dados da Petrobras desde 1986 até 2012, que mostram os investimentos feitos nos negócios da empresa durante vários governos.

Atentem que os investimentos feitos nos últimos 10 anos são quase quatro vezes maiores que os investimentos feitos em 17 anos dos vários governos posteriores a  ditadura militar. Vejam e tirem suas conclusões!


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