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08/08/2014
Há 12 anos, Brasil pedia o colo do FMI pela última vez
Brasil 247 - 8 de Agosto de 2014 às 11:21
Após dois empréstimos no FMI, em 1998 e 2001, em
agosto de 2002 o governo FHC recorreu novamente ao FMI; ministro Pedro
Malan, da Fazenda, assinou acordo de US$ 30 bi; no ano seguinte, em
abril, o recém eleito Lula quitou dívida com US$ 4,2 bi; não houve mais
tomdas de crédito; Brasil até emprestou US$ 10 bi para o Fundo enfrentar
crise mundial; hoje, governo tem reservas internacionais de US$ 379
bilhões; "Eles quebraram o Brasil, nós pagamos o FMI", disse ontem
presidente Dilma Rousseff.
Outros US$ 32 bilhões ficaram disponíveis para serem sacados no ano de 1999, em novo acordo assinado pelo Brasil. Marcado para ser encerrado em novembro de 2001, o contrato anterior com o FMI foi prorrogado pelo governo às vésperas de seu encerramento. Assim, o País tomou emprestados mais US$ 15 bilhões, pagando juros de 4,5% ao por por 25% desse dinheiro e fortes 7,5% pelo restante. Àquela altura, o Brasil já lançava mão de uma soma equivalente a 400% de sua cota no próprio FMI.
Ainda assim, todos os empréstimos do Fundo se mostraram, para a equipe econômica, insuficientes para garantir estabilidade econômica ao País. Em junho de 2002, por exemplo, houve um saque de US$ 10 bilhões junto ao Fundo, além de ser estabelecida uma redução de garantias de reservas a serem apresentadas pelo Brasil. O mínimo de US$ 20 bilhões em caixa para tomar empréstimos foi reduzido para US$ 15 para facilitar novas operações. A dependência dos recursos do Fundo estava explícita.
Em agosto de 2002, uma última linha de crédito foi tomada, de US$ 30 bilhões, completando a terceira ida do País ao FMI na gestão tucana. A obtenção desse dinheiro, que não totalmente sacado, ficou apresentada como uma necessidade em razão da volatilidade ampliada pela disputa eleitoral daquele ano, entre Lula, do PT, e José Serra, do PSDB. Logo após a assinatura, o Brasil precisou fazer um saque de US$ 6 bilhões.
No governo Lula, logo em abril, o Brasil pagou US$ 4,2 bilhões ao FMI, adiantando a parcela de quitação dos recursos tomados no ano anterior. Depois desse movimento, o País não precisou recorrer novamente ao Fundo. Bem ao contrário. Em outubro de 2009, mais precisamente no dia 6, o ministro Mantega e o então diretor-gerente do Fundo, Dominique Strauss-Khan, anunciaram uma importante troca de posições.
Agora, era o Brasil que emprestava US$ 10 bilhões ao Fundo. Àquela altura, as reservas internacionais brasileiras já chegavam á casa dos US$ 220 bilhões. Em 2011, já no governo Dilma Rousseff, mais uma vez o Brasil foi procurado pelo Fundo para ficar de prontidão em relação à necessidade de um novo empréstimo. Outra vez, por solicitação do FMI.
Doze anos depois da última ida ao Fundo, o País tem uma posição considerada bastante sólidas em termos de reservas internacionais. Com todas as obrigações pagas junto ao FMI, o Brasil conta, em 6 de agosto, com um total de US$ 379,44 bilhões de dólares. Uma soma que descarta quaisquer ilações sobre um possível pedido de ajuda para fechar contas, como acontecia às vésperas da derradeira ida ao Fundo. Abaixo:
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PITACO DO ContrapontoPIG
Lembra disso?
Alô garotada coxinha!
A juventude brasileira não acompanhou ou não se lembra do Brasil com pires na mão.
O grande problema do Brasil era a dívida externa. Dizia-se que era impagável.
No governo Lula a dívida foi toda paga e o Brasil ainda passou a ser credor do FMI
Sabia disso?
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