07/02/2017
Esta aí é o conteúdo nacional, indo buscar petróleo no campo de Lula
Do Tijolaço · 07/02/2017
Por Fernando Brito
Partiu sábado de Angra do Reis, o navio-plataforma P-66 quase totalmente (casco, inclusive) construído no Brasil.
Vai tirar mais 150 mil barris de petróleo, todo dia, do Campo de Lula, na Bacia de Santos.
Tem 288 metros de comprimento e 54 metros de largura, um gigante que seria o primeiro de oito embarcações modulares (por isso chamadas de “replicantes”), montadas no Estaleiro Rio Grande (RS) e completadas, com estruturas de convés e sistemas de operação, em Angra dos Reis e no Espírito Santo.
Seria, porque não vai ser mais.
Serão apenas três, ela e as P-67 e P-68.
O resto foi cancelado.
O Estaleiro Rio Grande já mandou embora recentemente mais de 4 mil trabalhadores.
O Estaleiro Brasfels, em Angra, quase três mil.
Esta semana, Michel Temer bate o martelo para aniquilar a indústria naval brasileira, reduzindo drasticamente as exigências contratuais de conteúdo nacional nos equipamentos de extração de petróleo, como os navios-plataforma.
Claro, uma indústria que foi aniquilada uma vez, começa com prazos maiores e custos mais altos e vai se adequando.
Mas gera emprego aqui, gera compras aqui, gera uma cadeia de suprimentos aqui.
Este navio é o conteúdo nacional, traduzido numa imagem que todo mundo entende.
Eles também, por isso querem destruir esta política.
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