09/11/2017
MÍDIA QUE APOIOU O GOLPE USA PARAÍSOS FISCAIS
Do Brasil 247 - 09 DE NOVEMBRO DE 2017 ÀS 09:49
Dois dos principais grupos de mídia que apoiaram o golpe de 2016 – Globo e Abril – também aparecem nos Paradise Papers; segundo o site Poder360, no caso do Grupo Globo, membros da família Marinho são apontados como diretores da Global International Company Limited., registrada nas Bahamas, e o chairman e presidente do Grupo RBS, maior afiliada da Globo no Brasil, Eduardo Sirotsky Melzer, é ligado a um sub-trust; já o grupo Abril, que publica a Veja, está relacionado a 4 offshores registradas nas ilhas Cayman; rabo preso da mídia corporativa explica por que a imprensa brasileira esconde o caso Paradise Papers, que já revelou offshores de Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, e Jorge Paulo Lemann, homem mais rico do Brasil, criadas para que ambos pagassem menos impostos
247 - Dois dos principais grupos de mídia que apoiaram o golpe de 2016 – Globo e Abril – aparecem nos Paradise Papers como sócios de offshores em paraísos fiscais.
De acordo com o site Poder360, do jornalista Fernando Rodrigues, no caso do Grupo Globo, membros da família Marinho são apontados como diretores da Global International Company Limited., registrada nas Bahamas, desde 1983. A TV Globo Ltda. aparece como principal acionista.
Ainda em relação à Globo, Eduardo Sirotsky Melzer, chairman e presidente do Grupo RBS, maior afiliada da emissora no Brasil, localizada no Rio Grande do Sul, é ligado a um sub-trust administrado pela Appleby.
Já o grupo Abril, que publica a revista Veja, está relacionado a 4 offshores registradas nas ilhas Cayman. Documentos investigados relacionam o conglomerado à Editora Abril S.A.; à Abril Investments Corporation; à Mogno Corporation e ainda à Cedro Corporation, todas empresas vinculadas à sede do grupo, em São Paulo.
Não é ilegal brasileiros serem proprietários de offshores, desde que devidamente declaradas à Receita Federal e ao Banco Central. O Poder360 pediu ao Grupo Globo, ao executivo da RBS e à Editora Abril que comprovassem que as offshores foram devidamente declaradas ao Fisco. Os três negaram irregularidades, mas nenhum enviou documentos que comprovassem a declaração.
Nos últimos dias, os nomes do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do empresário Jorge Paulo Lemann, homem mais rico do Brasil, também foram relacionados aos Paradise Papers, mas tiveram pouco ou nenhum destaque na imprensa brasileira. Os dois também criaram offshores em paraísos fiscais para pagar menos impostos. Agora, com a revelação do envolvimento da própria mídia no escândalo, a omissão está explicada.
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