quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Contraponto 436 - Bergson Gurjão sepultado em Fortaleza


08/09/2009

A alegria da chegada e a tristeza da morte

Zé Dirceu 07/10/2009 19:00

Acompanho pelo jornal - O Globo foi o único a registrar hoje - a notícia sobre o sepultamento, 37 anos depois do seu desaparecimento, dos restos mortais de Bergson Gurjão Farias, militante do PC do B, torturado e morto no Araguaia em 1972, quando tinha 25 anos de idade.

Como bem definiu na cerimônia em Fortaleza (CE) sua irmã Ielnia Gurjão Farias, "Bergson tinha suas convicções e lutou por elas. Como um herói, defendeu seus ideais". O julgamento que se faz dele e de tantos companheiros é bem esse realmente, da mesma forma que é precisa a definição dela sobre os sentimentos que se tem numa hora dessas: "de alegria porque Bergson chegou; de tristeza pela certeza da sua morte"

Ainda entre o final da semana passada e o início dessa, entristeceu-me ler nos jornais que nessa primeira fase de buscas novamente iniciadas pelas autoridades, não foram localizados restos mortais de nenhum combatente da guerrilha do Araguaia. Lembrei-me, então, de meu conterrâneo, Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão, do PC do B, um dos nomes que a imprensa registrou não ter sido localizado nada a respeito.

Ao Bergson e ao Osvaldão, eu homenageio nessa ocasião com o compromisso de cobrar sempre até que sejam alcançadas justiça, reparação e a localização dos corpos de todos os desaparecidos políticos, para que tenham, e seus familiares lhes possam dar, a sepultura digna a que todo ser humano tem direito.

Foto: site Grupo Tortura Nunca Mais
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