domingo, 8 de novembro de 2009

Contraponto 651 - Maracugina para a oposição


08/11/2009

Mercadante sugere "Maracugina" para acalmar oposição

Foto José Cruz- Agência Brasil
"Eu sinto que eles estão muito nervosos, mas eu sugiro a eles
que tomem Maracugina, pois cada dia vai ser mais difícil".

Terra Magazine - Sábado, 7 de novembro de 2009, 16h52 Atualizada às 17h26

Carolina Oms
Especial para Terra Magazine

Neste sábado, 7, as lideranças do PT participaram do encontro nacional de prefeitos, com a presença da pré-candidata à presidência, ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Não só otimistas, mas convencidos da vitória da ministra, em Guarulhos (SP), os petistas saudaram Dilma com um toque de nostalgia e cantaram os hinos da eleição do presidente Lula.

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O líder do partido no Senado, Aloísio Mercadante, chegou a fazer piada com a hesitação da oposição:

- A gente sente uma insegurança grande do lado de lá em relação à disputa com a nossa candidatura. Pela força do governo Lula, eu sinto que eles estão muito nervosos, mas eu sugiro a eles que tomem Maracugina, pois cada dia vai ser mais difícil.

Em consonância com a estratégia definida pelo presidente Lula, Mercadante apoiou a candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ao governo paulista:

- O Ciro Gomes tem todo o direito de disputar a presidência, tem história pra isso, mas eu acho que estará conosco no palanque. Ele pegou o pau-de-arara na direção errada, em vez de vir de lá pra cá ele foi pra lá (risos), mas ele é um excelente nome, tem vivência pra governar o Estado e tem nosso apoio.

Seja na estratégia política, repetida em uníssono por todos os líderes presentes no encontro, seja nos discursos sobre o futuro governo, todos só falam na candidatura de Dilma. Da ex-prefeita Marta Suplicy, que antes havia dito que Ciro Gomes não tem a ver com São Paulo, ao prefeito Osasco, Emídio de Souza, que chegou a se declarar pré-candidato do PT ao governo do Estado, ninguém mais defende esta ou aquela candidatura ou estratégia para o estado de São Paulo.

Questionada por Terra Magazine se não seria melhor para o PT uma definição rápida do candidato ao governo de São Paulo, Marta Suplicy negou: "não é necessário definir nada agora, tudo está em construção. Eu farei, em 2010, aquilo que for melhor para a candidatura da Dilma".

Mercadante, como Dilma e Berzoini, recorreu aos feitos do governo Lula para falar da estratégia futura, "o partido está motivado, com a popularidade atribuída ao governo, que é extraordinária, inédita, nós estamos preparados para comparar todas as áreas, economia e social com o governo do FHC".

O líder no senado assegura que os resultados serão os esperados pelo presidente: "tudo isso vai se traduzir em um grande sentimento popular, quando Lula sair da presidência, quando começar a convocar os últimos comícios, esse sentimento vai se transformar numa força muito poderosa para a campanha da ministra Dilma".

Mercadante também negou sua candidatura ao governo de São Paulo, segundo ele, a estratégia é se reeleger no senado para "eleger um time capaz de ajudar esse projeto, nós faremos isso em vários Estados do Brasil".

Além da alta popularidade de Lula, Mercadante confia em um segundo "trunfo" para alavancar a candidatura da ministra, mais tempo no horário eleitoral, conseguido através dos pré-acordos com partidos menores e, principalmente, com o PMDB. "O PMDB é um partido heterogêneo, bastante complexo, mas que pela primeira vez estará conosco desde o primeiro turno, nunca esteve", acrescenta.

Como o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, refutou a tese de que o palanque duplo, como é o caso da Bahia, prejudicaria a ministra ou o acordo, "em alguns Estados nós vamos ter mais de um candidato, mas isso não vai tirar o apoio da Dilma. E nós estamos dialogando, buscando uma aliança mais ampla com eles".
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