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12/01/2013
O apagão que não houve
Depois de uma semana de terrorismo, por incrível que pareça, as luzes continuam acesas no Brasil

Como acontece em todo verão, as águas de janeiro,
fevereiro e março deverão encher os reservatórios das usinas
hidrelétricas. No entanto, o nível baixo das represas antes da temporada
de chuvas, o que nem é tão atípico assim, foi usado como argumento
pelos que vendiam o caos iminente. Fosse em abril, maio ou junho, vá lá,
mas no início de janeiro, parecia mais torcida do que propriamente
análise técnica e objetiva.
Com as tempestades, os arautos do apagão, aos poucos,
começam tirar o cavalinho da chuva. Até porque o sistema brasileiro
conta hoje com uma espécie de reserva técnica para períodos de escassez.
Basta acionar usinas térmicas, construídas como resposta ao apagão de
2001. Com esse seguro, a energia se torna mais cara, mas não
desaparece.
Nesta semana, após uma reunião no Palácio do Planalto com
grandes empresários, como Marcelo Odebrecht e Rubens Ometto, Dilma pediu
a eles que transmitissem confiança e dissipassem os rumores de um novo
apagão, somando-se ao discurso de vários porta-vozes oficiais – o que
foi feito por eles. Além disso, em 2013, entrará no sistema a energia de
novas usinas, como Jirau, no Rio Madeira, sem falar em vários outros
projetos menores, enquanto são construídas usinas como Angra 3 e Belo
Monte.
Diante de tudo isso, fica claro que o sistema elétrico
brasileiro é hoje bem mais sólido do que o de 2001. Há falhas,
evidentemente, com projetos que custam mais do que deveriam e que
atrasam diante dos entraves burocráticos e ambientais. Mas isso não
significa que a oferta energética não esteja sendo planejada para suprir
a expansão do consumo. De espantoso mesmo, apenas a escuridão que move
análises que se deixam contaminar pela disputa política.
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