05/10/2013
Imprensa desqualifica o Congresso para engessar o desenvolvimentodo Brasil e imobilizar o Governo
Blog Palavra Livre - terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Por Davis Sena Filho
Todo
mundo sabe, até um recém-nascido, que a imprensa de negócios privados e
ideologicamente de direita combate o desenvolvimento do povo brasileiro, porque
não quer a sua emancipação e, consequentemente, sua autonomia, bem como a
autodeterminação do Brasil e de qualquer país cujo governante questione a ordem
estabelecida pelos grandes trustes internacionais.
Isto
acontece porque no Brasil, ao contrário do que acontece nos países considerados
desenvolvidos e em países a exemplo de Argentina, Venezuela e Equador, o
monopólio no setor econômico de comunicação dominado pela oligarquia midiática
composta por apenas seis famílias, que tratam o povo brasileiro como inapto e
incompetente, além de considerarem o Brasil de 200 milhões de habitantes e dono
de um PIB que ultrapassa os R$ 4 trilhões como se fosse o quintal da casa
delas.
As
estratégias calculistas dos órgãos de comunicação comerciais e privados de desvalorizar
e desqualificar os políticos e as instituições nacionais são sistematicamente e
incansavelmente difundidas e repercutidas junto à população. O propósito desse
processo perverso é o de subverter a ordem institucional e enfraquecer o papel
do cidadão eleito pelo povo e nomeado para exercer a autoridade que lhe é
conferida e por isso constitucional. A imprensa burguesa quer intervir nas
instituições republicanas e, por conseguinte, pautar a vida política e jurídica
do País e dessa forma ter seus interesses políticos e ideológicos atendidos,
bem como seus negócios financeiros concretizados.
Sei
que muita gente não concorda comigo por questões meramente ideológicas e até
mesmo pessoais quando sou ofendido por leitores que criticam até mesmo meu
aspecto físico, o que é uma bobagem e insensatez, porque o que está a ser
discutido é o que queremos para o Brasil e o que não queremos. Contudo, volto a
dizer: a imprensa de negócios privados e cartelizada não tem e nunca terá
compromisso com o Brasil, porque se trata de um setor alienígena, ou seja, sem
pátria e mancomunado com o establishment, que no decorrer dos séculos efetivou
um processo de desconstrução das identidades nacionais, baixou a estima dos
povos menos desenvolvidos, financiou a repressão aos movimentos de libertação e
até mesmo reivindicatórios, além de quando necessário invadir militarmente os
países cujos governantes não compartilharam de sua cartilha, geralmente de
conteúdo econômico e ideológico.
E a
imprensa oligopolizada, de forma recorrente e por isso inquestionável, sempre
serviu como porta-voz das classes dominantes e dos grupos capitalistas
hegemônicos, que financiam e definem as receitas econômicas de espoliação
impostas pelo FMI e o Bird, e, indubitavelmente, se necessário, a guerra.
Simplesmente a guerra, modus operandi de países como a Inglaterra, os EUA e a
França, que, em vez de respeitarem as leis internacionais, preferem jogar na
sarjeta o respeito ao diálogo e às decisões da ONU e optar pela diplomacia do
porrete, a fim de rapidamente terem seus interesses geopolíticos e econômicos inapelavelmente
concretizados.
Esses
fatos e realidades acontecem também em âmbito doméstico — nacional. E foi
exatamente dessa forma que a imprensa alienígena deste País se conduziu. Os
barões dessa mídia historicamente golpista tentaram desqualificar e
judicializar o processo eleitoral do Congresso Nacional, a dar sempre uma
conotação de ilegalidade, a fazer ilações maldosas e corrosivas aos candidatos
às presidências do Senado e da Câmara.
Chegou-se
a um ponto de incongruência e desfaçatez dessa péssima imprensa que eu pensei
que o senador Renan Calheiros e o deputado Henrique Alves em vez de assumirem seus
respectivos cargos, pois eleitos pela grande maioria de seus pares, fossem
imediatamente para a prisão, já que a os barões da imprensa e seus sabujos que
ficam a falar por eles e pelos cotovelos eram contrários às candidaturas dos
dois políticos integrantes do PMDB e por causa disso aliados do Governo e do PT
em termos nacionais.
A imprensa das seis famílias formadoras de cartel e que combatem a autodeterminação do Brasil e a democratização dos meios de comunicação por intermédio da efetivação de um marco regulatório para as mídias faz oposição ao Governo Federal no lugar dos partidos políticos oposicionistas como, por exemplo, o PSDB — o partido que vendeu o Brasil e ninguém foi preso. Os barões da imprensa, para quem não sabe, apoiaram e foram cúmplices da ditadura mais cruel e longa que aconteceu neste País: a ditadura militar (1964-1985) e hoje posam de democratas e paladinos da liberdade de expressão e de imprensa. Seria cômico se não fosse trágico.
A
verdade é que esses grupos lutam pela preservação da liberdade de expressão e
de imprimir deles, o que não tem nada a ver com a democracia e com o estado
democrático de direito. E tem mais: sem dar direito de resposta e sem se
preocupar com o contraditório, ou seja, ouvir os lados envolvidos em qualquer
causa, acontecimento ou incidente. Essa gente gosta de bater, mas não quer ser
criticada e questionada. Derrotamos a ditadura militar e vivenciamos a ditadura
da imprensa.
É isso aí.
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