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14/12/2013
Em alta, Dilma celebra 66 e vê oposição ainda frágil
Do Brasil 247 - 14 de Dezembro de 2013 às 18:40
Ao lado de familiares, em Porto Alegre, a
presidente Dilma comemorou seu aniversário, com razões de sobra para
comemorar; desde as manifestações de junho, que marcaram o ponto mais
crítico de seu governo, seus índices de aprovação só cresceram na
métrica de todos os institutos; além disso, a oposição, que poderia
chegar em 2014 com mais alternativas, se enfraqueceu, depois que Marina
Silva e José Serra praticamente foram excluídos da corrida presidencial;
sucesso de programas lançados em resposta à crise, como o Mais Médicos,
explicam a recuperação; neste sábado, ela agradeceu, no Twitter, pelo
carinho recebido no #DilmaDay; no Sul, ganhou flores de um admirador
secreto
RS 247 - Um
aniversário discreto, ao lado de familiares, em Porto Alegre, mas
também celebrado. Foi assim que a presidente Dilma Rousseff comemorou a
passagem do seu aniversário, neste sábado, em que completou 66 anos. Sem
sair de casa, ela recebeu presentes e até flores de um admirador cujo
nome não foi revelado. E só agora, há poucos minutos, fez um
agradecimento no Twitter pelas manifestações de carinho recebidas no
#DilmaDay.
Seis meses atrás, no
auge das manifestações de junho, Dilma enfrentou o ponto mais crítico de
seu governo, quando seus índices de aprovação caíram a 30%. De lá pra
cá, ela só cresceu. No Ibope, a
aprovação a seu governo cresceu 12 pontos e o índice de ótimo e bom foi a
43%. No Datafolha, chegou ao mesmo patamar. Nas pesquisas de intenção
de voto, ela também subiu e hoje, com 47 pontos, venceria com facilidade
seus oponentes Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB, que têm
15 e 11 pontos, respectivamente.
O principal motivo
para isso, na visão de auxiliares próximos, como o marqueteiro João
Santana, foi a resposta da presidente às demandas de junho. O programa
Mais Médicos, lançado depois dos protestos, hoje é um sucesso de público
em todos os locais onde foi implantado. Além disso, embora o plebiscito
da reforma política não tenha avançado, o Supremo Tribunal Federal está
prestes a tomar uma decisão histórica, caso confirme o veto às doações
de empresas a campanhas políticas.
Enquanto Dilma se
fortaleceu, a oposição entrará em 2014 com grandes desafios pela frente.
Ao se filiar ao PSB, a ex-senadora Marina Silva praticamente se excluiu
voluntariamente da disputa presidencial de 2014, uma vez que poderia
ter escolhido partidos que lhe dariam legenda para participar da briga.
No PSDB, a permanência de José Serra teve o mesmo efeito. E hoje há
praticamente o consenso de que, sem um terceiro nome competitivo na
oposição, não será simples provocar um segundo turno. Por isso mesmo,
Joaquim Barbosa, presidente do STF, tem sido tão assediado.
A vantagem de Dilma,
no entanto, não elimina os riscos para 2014. Ainda que os níveis de
emprego sejam muito baixos, o crescimento da economia deixou a desejar
em 2013. Além disso, uma Copa do Mundo no Brasil, depois do ensaio na
Copa das Confederações, traz de volta o risco de grandes manifestações.
Dilma está bem melhor do que seis meses atrás, mas seu grande teste
ocorrerá daqui a seis meses, quando rolar a bola da Copa e também das
eleições presidenciais.
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