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05/04/2014
Por que Barbosa não é candidato ?
Se o mensalão não pegou o Lula em 2006, por que elegeria o Barbosa em 2014 ?
Conversa Afiada - Publicado em 05/04/2014
Lembra o Estadão, na pág. A4, que se
encerrava hoje, sábado, 5 de abril, o prazo para o Presidente do STF,
Joaquim Barbosa se filiar a um partido político e se candidatar.
Barbosa já tinha dito – “o meio foi a mensagem” – que não era candidato – agora.
É mais provável – especula o Estadão, um especialista na matéria – que Barbosa deixe o Supremo com o fim do mandato de Presidente, em novembro.
Por que Barbosa não se candidatou ?
Vamos especular, amigo navegante.
Primeiro, porque ele não acredita nessas pesquisas de intenção de voto, que se transformaram em instrumentos de especulação na Bolsa – clique aqui para ler trepidante entrevista de ansioso blogueiro a órgão que se presta a essa manobra.
(E a CVM, nada !)
Na primeira eleição do Lula, o banco Goldman Sachs, sob a batuta de um “economista de banco” brasileiro, criou o “Lulômetro”: quanto subia o Risco-Brasil, cada vez que o Lula subia nas pesquisas.
Agora, assiste-se ao “Dilmômetro”, “Dilmorror” – quanto a Bolsa sobe com a “noticia” de que a Dilma vai cair numa pesquisa que ainda não foi feita !
Sensatamente, Barbosa não acreditou nessas “quimeras”, nessas “provas tênues”.
Não ia jogar a carreira e a reputação numa fria acondicionada na geladeira do Datafalha e do Globope …
Só quem acredita nessas duas são os “analistas de pesquisa”, sub- produto daquela categoria que o Mino Carta chama de “piores que os patrões”.
Há um segundo e mais importante motivo para Barbosa não se candidatar – agora ou nunca.
O mensalão (o do PT, porque o tucano jamais será julgado) não dá voto.
Não deu em 2006, na reeleição de Lula, e dará muito menos agora, com a Dilma a 1.000 km de distância do tema.
Além disso, o mensalão mostrou-se o que a Hildegard Angel definiu com clarividência – leia sua impressionante entrevista a Nirlando Beirão na Carta Capital: não passou de um “Mentirão”.
Como é que o José Dirceu poderia ter domínio de fato sobre uma quadrilha que o Supremo considerou que não existiu ?
A Visanet é tão estatal quanto a Globo.
E o Dirceu, o Genoino, o Delubio e Duda não tiveram direito a “dupla jurisdição”, prerrogativa constitucional que protegerá o esquartejador de Higienópolis.
O fracasso do julgamento do Mentirão como arma eleitoral pode ser uma das explicações para a vingança de Iago contra Dirceu: por que mante-lo sem trabalhar ?
(Mal sabe o Barbosa que, ao sair de cadeia, em novembro, Dirceu sairá mais forte do que entrou … E ele, talvez, vá para a casa, em silêncio.)
(Clique aqui para ler “Governador chama Barbosa às falas” )
Barbosa não se candidatou, porque o julgamento do mensalão (o do PT) não o elegeria a nada.
E quem gostaria de te-lo no partido, no palanque ?
Esse exemplo de moderação e temperança, de conciliação e gentileza ?
Barbosa fez um grande favor ao Ataulfo Merval de Paiva (*), que morria de medo de o Barbosa entrar formalmente para a política e tirar o véu de suas decisões no julgamento do Dirceu.
Era expor o interesse eleitoral das decisões e da relatoria.
Mas, Barbosa deixou tudo claro.
Barbosa realizou um serviço inestimável à Big House e seu puxadinho, o PSDB: interrompeu – provisoriamente – a carreira de três presidentes do PT (Gushiken, falecido, Dirceu e Genoino) e de um Presidente da Câmara, João Paulo – quadros inestimáveis do partido que assusta tanto o Gilmar Dantas (**), que chega a insinuar que o PCC possa lavar dinheiro no PT.
E Barbosa prestou outro serviço valioso: manteve no mesmo lugar, durante oito anos, a faca que o Antonio Fernando encostou no pescoço do Lula, ao chamar a “quadrilha” de “Ali Babá e seus 40 ladrões”: ou seja, se o Lula não se comportasse, punham ele, o “safo, que safo ?”, na roda.
Não é porque não quis que Barbosa não foi candidato.
É porque o povo não quis.
Não deu bola para o mensalão.
Nem para o Merval.
Para o Merval nem para ele.
Paulo Henrique Amorim
Clique aqui para ler “Barbosa, o Dirceu vai morrer na cadeia?”
Aqui para “Ditadura togada pune Dirceu”
Aqui para “Wanderley: eles vão ganhar no grito, de novo ?”
Aqui para “A Bolsa e um STF normal”
Barbosa já tinha dito – “o meio foi a mensagem” – que não era candidato – agora.
É mais provável – especula o Estadão, um especialista na matéria – que Barbosa deixe o Supremo com o fim do mandato de Presidente, em novembro.
Por que Barbosa não se candidatou ?
Vamos especular, amigo navegante.
Primeiro, porque ele não acredita nessas pesquisas de intenção de voto, que se transformaram em instrumentos de especulação na Bolsa – clique aqui para ler trepidante entrevista de ansioso blogueiro a órgão que se presta a essa manobra.
(E a CVM, nada !)
Na primeira eleição do Lula, o banco Goldman Sachs, sob a batuta de um “economista de banco” brasileiro, criou o “Lulômetro”: quanto subia o Risco-Brasil, cada vez que o Lula subia nas pesquisas.
Agora, assiste-se ao “Dilmômetro”, “Dilmorror” – quanto a Bolsa sobe com a “noticia” de que a Dilma vai cair numa pesquisa que ainda não foi feita !
Sensatamente, Barbosa não acreditou nessas “quimeras”, nessas “provas tênues”.
Não ia jogar a carreira e a reputação numa fria acondicionada na geladeira do Datafalha e do Globope …
Só quem acredita nessas duas são os “analistas de pesquisa”, sub- produto daquela categoria que o Mino Carta chama de “piores que os patrões”.
Há um segundo e mais importante motivo para Barbosa não se candidatar – agora ou nunca.
O mensalão (o do PT, porque o tucano jamais será julgado) não dá voto.
Não deu em 2006, na reeleição de Lula, e dará muito menos agora, com a Dilma a 1.000 km de distância do tema.
Além disso, o mensalão mostrou-se o que a Hildegard Angel definiu com clarividência – leia sua impressionante entrevista a Nirlando Beirão na Carta Capital: não passou de um “Mentirão”.
Como é que o José Dirceu poderia ter domínio de fato sobre uma quadrilha que o Supremo considerou que não existiu ?
A Visanet é tão estatal quanto a Globo.
E o Dirceu, o Genoino, o Delubio e Duda não tiveram direito a “dupla jurisdição”, prerrogativa constitucional que protegerá o esquartejador de Higienópolis.
O fracasso do julgamento do Mentirão como arma eleitoral pode ser uma das explicações para a vingança de Iago contra Dirceu: por que mante-lo sem trabalhar ?
(Mal sabe o Barbosa que, ao sair de cadeia, em novembro, Dirceu sairá mais forte do que entrou … E ele, talvez, vá para a casa, em silêncio.)
(Clique aqui para ler “Governador chama Barbosa às falas” )
Barbosa não se candidatou, porque o julgamento do mensalão (o do PT) não o elegeria a nada.
E quem gostaria de te-lo no partido, no palanque ?
Esse exemplo de moderação e temperança, de conciliação e gentileza ?
Barbosa fez um grande favor ao Ataulfo Merval de Paiva (*), que morria de medo de o Barbosa entrar formalmente para a política e tirar o véu de suas decisões no julgamento do Dirceu.
Era expor o interesse eleitoral das decisões e da relatoria.
Mas, Barbosa deixou tudo claro.
Barbosa realizou um serviço inestimável à Big House e seu puxadinho, o PSDB: interrompeu – provisoriamente – a carreira de três presidentes do PT (Gushiken, falecido, Dirceu e Genoino) e de um Presidente da Câmara, João Paulo – quadros inestimáveis do partido que assusta tanto o Gilmar Dantas (**), que chega a insinuar que o PCC possa lavar dinheiro no PT.
E Barbosa prestou outro serviço valioso: manteve no mesmo lugar, durante oito anos, a faca que o Antonio Fernando encostou no pescoço do Lula, ao chamar a “quadrilha” de “Ali Babá e seus 40 ladrões”: ou seja, se o Lula não se comportasse, punham ele, o “safo, que safo ?”, na roda.
Não é porque não quis que Barbosa não foi candidato.
É porque o povo não quis.
Não deu bola para o mensalão.
Nem para o Merval.
Para o Merval nem para ele.
Paulo Henrique Amorim
Clique aqui para ler “Barbosa, o Dirceu vai morrer na cadeia?”
Aqui para “Ditadura togada pune Dirceu”
Aqui para “Wanderley: eles vão ganhar no grito, de novo ?”
Aqui para “A Bolsa e um STF normal”
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