sábado, 17 de maio de 2014

Contraponto 13.821 - "Uso do "volume morto" do sistema Cantareira pode prejudicar tratamentos de hemodiálise"

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17/05/2014 

 

Uso do "volume morto" do sistema Cantareira pode prejudicar tratamentos de hemodiálise

A Associação Brasileira de Enfermagem em Nefrologia (Soben) divulgou alerta geral às Unidades de Hemodiálise de São Paulo para que redrobrem a vigilância com a qualidade de água do abastecimento. De acordo com a entidade, o uso do chamado "volume morto" do sistema Cantareira por parte do Governo de São Paulo pode comprometer os tratamentos porque a água possui oxigenação baixa e acmúlo de sedimentos. Confira a nota da entidade na íntegra:

COMUNICADO IMPORTANTE PARA AS CLINICAS DE DIALISE DE SÃO PAULO

Prezados(as) Senhores(as),

O reservatório da Cantareira no Estado de São Paulo está com o volume de água mais baixo da história e para não decretar um sério racionamento de água, devido à escassez de chuva há bastante tempo, o Governador de São Paulo resolveu buscar água do chamado "volume morto", aquela bacia de água que fica abaixo do nível mínimo de captação. Essa água possui oxigenação baixa e não se renova. É onde se acumulam os sedimentos.

Mais produtos químicos terão que ser usados nas ETA e o padrão da água vai mudar. Isso pode comprometer o sistema de tratamento de água para hemodiálise.

É importante que as Unidades de Hemodiálise que estão sendo abastecidas pelo sistema Cantareira sejam alertadas e redobrem sua vigilância.

A análise duas vezes ao dia das características organolépticas da água, a dosagem de cloro pela manhã e à tarde na água potável seria o mínimo que eu recomendaria. Ante qualquer alteração na turbidez da água, é fortemente recomendado aumentar imediatamente a frequência de retrolavagem da areia para duas vezes ao dia.

Também é importante que se monitore a qualidade microbiológica da água potável duas vezes por mês.

A segurança do paciente dependerá (como já depende) ainda mais da qualidade e integridade das membranas de osmose reversa. Portanto, é altamente recomendado que se verifique a porcentagem de rejeição de cada uma delas individualmente e se alguma se encontrar abaixo de 95% (90% em situações normais de "água estável") que ela seja trocada. Isso é simples de monitorar.

Finalmente, e tendo como base o Decreto 5440 de 4 de maio de 2005  (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5440.htm) é fortemente recomendado que cada Unidade de Hemodialise formalmente comunique a SABESP (no caso de SP) que há uma Unidade de Hemodialise e que a qualidade da terapia e segurança dos pacientes dependem também da qualidade e da estabilidade físico química da água fornecida por aquela Agencia.

*Mais informações e esclarecimentos:

Carmine Maglio Neto
Mobile +55 11 993799940
skype carmine.maglio

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