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30/05/2014
Com Lewandowski, STF irá restaurar sua dignidade
Brasil 247 - 29 de Maio de 2014 às 21:04
Poucas vezes, um brasileiro teve que suportar
tantos insultos e ataques quanto o ministro Ricardo Lewandowski; o
principal responsável foi o atual presidente do Supremo Tribunal
Federal, Joaquim Barbosa, um agressor em série, que vitimou colegas,
réus, advogados e o próprio Direito; sua saída, anunciada nesta
quarta-feira, permitirá que o Poder Judiciário retome seu leito normal;
com Lewandowski, civilidade voltará a reinar na suprema corte e ambiente
de respeito mútuo entre os ministros, sem sensacionalismo, permitirá
que se faça Justiça; com um detalhe: a despeito de todos os ataques,
votos de Lewandowski foram os que mais predominaram na Ação Penal 470
Barbosa saiu depois de violentar uma jurisprudência consagrada nos tribunais superiores, no que tange ao direito que réus condenados em regime semiaberto têm ao trabalho externo. Interpretou a lei a seu bel-prazer, imaginando que, assim, em sua implacável perseguição a José Dirceu, manteria os aplausos da mídia e dos bares que frequentava – e, em breve, voltará a frequentar.
Ledo engano. Barbosa sai escorraçado pela inteligência jurídica. Foi repreendido pela Ordem dos Advogados do Brasil, pela procuradoria-geral da República, por associações de magistrados e por juristas à direita, como Ives Gandra Martins, e à esquerda, como Celso Bandeira de Mello. Isolado, não teve alternativa, a não ser renunciar. Intramuros, dizia que não ficaria num Supremo Tribunal Federal durante a presidência de Lewandowski, que o sucederia em novembro, não houvesse a renúncia.
De fato, a convivência entre ambos seria praticamente impossível. Um é o avesso do outro. Afável, conciliador, respeitoso, mas, sobretudo, um magistrado que se preocupa com a Justiça, Lewandowski é tudo aquilo que Barbosa não é. Um é juiz, o outro é apenas um vingador que joga para a plateia – e que, provavelmente, já projeta um futuro político para si.
Barbosa fez da Ação Penal 470 seu trampolim. Agrediu colegas – sobretudo Lewandowski, mas não apenas ele – e pisoteou direitos dos réus. A tal ponto que mereceu uma impagável repreensão do ministro Luís Roberto Barroso, que criticou seu "déficit civilizatório".
Enquanto isso, poucos brasileiros tiveram de suportar tantos insultos e infâmias nos últimos anos quanto Lewandowski. Era agredido a cada sessão – e, ainda assim, mantinha a fleuma e o respeito que a instituição merece. Foi agredido com frequência por Barbosa, mas poucos brasileiros sabem, que, na Ação Penal 470, os votos que predominaram foram os do juiz Lewandowski – e não os do Batman que agora sai de cena.
Em breve, o STF irá restaurar sua dignidade.
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