Jornal GGN - seg, 19/05/2014 - 08:26
- Atualizado em 19/05/2014 - 15:25
Por Alessandre de Argolo
É impossível não enxergar a melhoria da
qualidade de vida de parte significativa da população brasileira, sendo
justo com os fatos. Principalmente a população que está na base da
pirâmide, que aumentou sua renda média de forma sensível ao longo dos
últimos dez, doze anos, ao ponto de colocar o Brasil como referência no
combate à desigualdade social. A melhoria da qualidade de vida,
principalmente dessa parte da população, é um dado não só
estatisticamente mas também empiricamente comprovável, em todo os
âmbitos da vida social.
Aeroportos, Shopping Centers, são
ambientes que atestam a mudança do panorama, onde pessoas que antes não
tinham condições econômicas de frequentar tais ambientes, hoje usufruem
normalmente dos serviços e podem comprar os bens e produtos
comercializados, o que antes era privilégio da classe média tradicional e
da classe rica do país.
O alto número de empregos formais
criados, aumento real do salário mínimo sem precedentes, novas
universidades ou instituições de ensino federais ou extensões das já
existentes construídas em locais que antes não tinham universidades ou
instituições de ensino públicas, projetos sociais dos mais variados e
diversos, como o Minha Casa, Minha Vida, PRONAF (sensivelmente ampliado a
partir de 2002, tanto que em 2007/2008, foram atendidos 5.379
municípios, o que representou um crescimento de 58% em relação a
1999/2000, com a inserção de 1.976 municípios no programa), PRONATEC,
PROUNI, etc etc etc, tudo isso comprova a melhoria da qualidade de vida,
permitindo uma maior inclusão social. O Nordeste do Brasil, de 2002 a
2012, praticamente dobrou a classe média, segundo dados do IBGE. Como
não melhorou a vida do povo brasileiro? Melhorou sim. Impossível não
reconhecer isso.
E quando as riquezas do pré-sal
começarem a surtir os efeitos sociais e econômicos esperados, aí é que
as coisas tenderão mesmo a se consolidar, apesar de todas as conhecidas
críticas ao modelo de partilha adotado pela União com campos de petróleo
como o de Libra, recentemente objeto de uma licitação.
Existe lei federal já aprovada, Lei nº
12.858/2013, que determina um percentual de 75% dos royalties oriundos
do pré-sal na educação e 25% na saúde, assim como também deverão fazer
Estados e Municípios com as partes dos royalties que lhes cabe quando a
lavra ocorrer na plataforma continental, no mar territorial ou na zona
econômica exclusiva, abrangidos os contratos celebrados a partir de 03
de dezembro de 2012. Isso está previsto em lei e o Ministério Público
Federal está atento e preparado para agir se houver descumprimentos da
lei (maiores informações, ver aqui:
agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2014-04/mpf-debate-aplicacao-dos-royalties-do-petroleo-para-inclusao-educacional).
O problema é que existe uma resistência
um tanto irracional por parte de muitos brasileiros, os quais insistem
em ostentar o perfil auto-sabotador, historicamente tão caro ao povo
brasileiro. Triste é constatar quando isso surge da desinformação, da
ignorância e, muitas vezes, da má-fé, da má vontade e da eterna
propensão de se ser perdedor, de não acreditar nas capacidades
grandiosas do país. Muito do discurso contra a Copa do Mundo do Brasil é
baseado numa visão distorcida da realidade, na difusão de uma realidade
catastrófica inexistente e sem qualquer amparo nos fatos.
O Brasil não é só rico como todas as
condições para isso ser sentido na prática existem e estão sendo
colocadas em andamento pelo Governo Federal, com as dificuldades, os
erros e acertos de sempre. Mas, no geral, o panorama é positivo e ainda
mais positivas são as perspectivas. O povo brasileiro não vai perder o
bonde da história. O que existe é muito catastrofismo por parte da
grande imprensa conservadora de sempre, que defende interesses
inconfessáveis e que nunca esteve realmente do lado do povo brasileiro.
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