19/09/2015
Cúpula tucana pressiona PMDB a assumir o golpe
Brasil 247 - 19 de Setembro de 2015 às 06:58
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Três entre os principais líderes do PSDB, Aécio
Neves, José Serra e Fernando Henrique Cardoso fizeram chegar ao
vice-presidente Michel Temer que o impeachment só prosperará se o PMDB
assumir a liderança da manobra golpista; Aécio falou com Temer ao
telefone em 11 de setembro; no mesmo dia Serra foi à casa de Temer em
São Paulo; murista histórico, o PSDB não quer assumir a dianteira de um
processo antidemocrático que resultaria no afastamento de um dirigente
maior legitimado pelas urnas; e mandou um recado: o PMDB não pode
esperar que Temer, sem voto, com o fantasma da Lava Jato rondando o
partido, ganhe a cadeira presidencial sem botar as caras
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247 - Três
entre os principais líderes do PSDB, os senadores Aécio Neves (MG) e
José Serra (SP) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fizeram
chegar ao vice-presidente Michel Temer que o impeachment da presidente
Dilma Rousseff (PT) só prosperará na condição de o PMDB assumir a
liderança da manobra golpista. O recado da cúpula tucana, segundo a
Folha, foi enviado a Temer ainda na semana passada, às vésperas da
viagem à Rússia.
Murista, o PSDB não quer assumir a dianteira de um processo antidemocrático que resultaria no afastamento de um dirigente maior legitimado pelas urnas. O partido só deve ir para a linha de frente se for chamado a debater publicamente os rumos do país. O governador Geraldo Alckmin (SP), outra liderança influente do partido, também prefere a cautela, segundo aliados. Ele teme que, se o partido não calcular seus movimentos com cuidado, acabe dando à presidente Dilma a chance de se apresentar como vítima diante da crise.
"Se nos convidarem para conversar às claras, à luz do dia, não há como negar. Mas não vou, na calada da noite, fazer conversas sobre o desfecho da crise", teria dito Aécio, ainda segundo a Folha, que cita um aliado do presidente do PSDB, derrotado nas urnas de 2014. Ainda Segundo esse aliado, Aécio o PMDB terá o apoio do PSDB depois que fizer um pronunciamento firme de que a nação precisa de uma nova fase.
"Se ele fizer isso, eu e o Fernando Henrique seremos os primeiros a sentar na mesa, porque não jogamos contra o país", afirmou Aécio, segundo o aliado. Serra teria opinião idêntica.
A tese da cúpula tucana de transferir os desgastes do golpismo ao PMDB vem orientando a atuação da oposição, especialmente de deputados mais jovens que participam ativamente do grupo que trabalha para que a Câmara aceite discutir um pedido de impeachment.
O PMDB, por seu turno, não crê em nenhum movimento mais incisivo de Temer: "Ele chegou onde chegou sendo cauteloso e não vai mudar", diz um aliado, segundo a Folha. Temer não quer a pecha de conspirador ou golpista e estimula aliados a cobrar do PSDB esse protagonismo.
Aécio pretende manter o discurso de que o impeachment, mesmo legal, exige cautela e base jurídica.
Um parlamentar do PSDB define o que pensa a cúpula: "Eles não podem esperar que o Michel, sem voto, com o fantasma da Lava Jato rondando o PMDB, ganhe a cadeira sem botar as caras". O DEM também pensa assim.
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