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25/09/2015
O fim do financiamento privado é mais importante que Moro e Lava Jato para combater a corrupção. Por Paulo Nogueira
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Sabe este Congresso-lixo que temos?
Pois é.
É o pior Congresso que o dinheiro pôde comprar.
Por isto tem que ser amplamente saudado o veto de Dilma ao financiamento privado de campanhas. Porque é assim, com o dinheiro torrencial que as empresas colocam em candidatos que vão depois defender seus interesses, que se montou este Congresso que joga o Brasil para trás.
O financiamento privado de campanhas é a forma como a plutocracia toma de assalto a democracia.
As corporações enchem de dinheiro, para suas campanhas, figuras como, para ficar num caso exemplar, Eduardo Cunha.
E depois vem a fatura.
Porque não é um dinheiro dado, ou doado. É um dinheiro friamente investido, como numa decisão de negócios.
Se o candidato não corresponde às expectativas, ou seja, se não faz o que as empresas querem que ele faça, adeus. Não mais dinheiro, não mais eleições, não mais mamatas, não mais privilégios.
Se você rastrear as decisões dos políticos verá a íntima conexão delas com os milhões que receberam de seus financiadores.
O veto de Dilma é um passo gigantesco para a moralização do Brasil.
O dinheiro privado de campanhas está na raiz da corrupção. É a fonte primária a partir da qual a corrupção se espalha.
Tão combatida, Dilma vai passar para a história como o ocupante do Planalto que fez enfim uma mudança vital na estrutura política, partidária e social do Brasil.
Ela teve um mérito lateral no processo.
Colheu os frutos de um STF ao qual ela deu ares decentes, com o ingresso de magistrados como Teori e Barroso, para não falar de Fachin.
Este STF é imensamente superior àquele que fez circo no Mensalão. Aquele certamente não teria aprovado o fim do financiamento privado porque teria medo de incorrer no medo da mídia.
Gilmar Mendes, que era um dos símbolos daquele STF, hoje é uma voz isolada.
Ele fracassou em sua miserável chicana para manter o financiamento privado. Segurou, para uma vista de fancaria, por mais de um ano um processo no SFT quando a contagem de votos já mostrava a decisão que afinal seria tomada.
Curioso que, agora, ele tenta desesperadamente retomar o processo no STF, sob argumentos tão bisonhos quanto os apresentados por Eduardo Cunha para realizar novas votações quando derrotado na Câmara.
Muito mais que a Lava Jato, muito mais que Sérgio Moro, o fim do financiamento privado é vital para a redução da corrupção a níveis decentes.
E isto se deu em 2015, ano de martírio para Dilma – e também de glória por essa mudança que haverá de devolver o Congresso ao povo e tirá-lo da plutocracia que o ocupou com suas moedas.
Pois é.
Por isto tem que ser amplamente saudado o veto de Dilma ao financiamento privado de campanhas. Porque é assim, com o dinheiro torrencial que as empresas colocam em candidatos que vão depois defender seus interesses, que se montou este Congresso que joga o Brasil para trás.
O financiamento privado de campanhas é a forma como a plutocracia toma de assalto a democracia.
As corporações enchem de dinheiro, para suas campanhas, figuras como, para ficar num caso exemplar, Eduardo Cunha.
E depois vem a fatura.
Porque não é um dinheiro dado, ou doado. É um dinheiro friamente investido, como numa decisão de negócios.
Se o candidato não corresponde às expectativas, ou seja, se não faz o que as empresas querem que ele faça, adeus. Não mais dinheiro, não mais eleições, não mais mamatas, não mais privilégios.
Se você rastrear as decisões dos políticos verá a íntima conexão delas com os milhões que receberam de seus financiadores.
O veto de Dilma é um passo gigantesco para a moralização do Brasil.
O dinheiro privado de campanhas está na raiz da corrupção. É a fonte primária a partir da qual a corrupção se espalha.
Tão combatida, Dilma vai passar para a história como o ocupante do Planalto que fez enfim uma mudança vital na estrutura política, partidária e social do Brasil.
Ela teve um mérito lateral no processo.
Colheu os frutos de um STF ao qual ela deu ares decentes, com o ingresso de magistrados como Teori e Barroso, para não falar de Fachin.
Este STF é imensamente superior àquele que fez circo no Mensalão. Aquele certamente não teria aprovado o fim do financiamento privado porque teria medo de incorrer no medo da mídia.
Gilmar Mendes, que era um dos símbolos daquele STF, hoje é uma voz isolada.
Ele fracassou em sua miserável chicana para manter o financiamento privado. Segurou, para uma vista de fancaria, por mais de um ano um processo no SFT quando a contagem de votos já mostrava a decisão que afinal seria tomada.
Curioso que, agora, ele tenta desesperadamente retomar o processo no STF, sob argumentos tão bisonhos quanto os apresentados por Eduardo Cunha para realizar novas votações quando derrotado na Câmara.
Muito mais que a Lava Jato, muito mais que Sérgio Moro, o fim do financiamento privado é vital para a redução da corrupção a níveis decentes.
E isto se deu em 2015, ano de martírio para Dilma – e também de glória por essa mudança que haverá de devolver o Congresso ao povo e tirá-lo da plutocracia que o ocupou com suas moedas.
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