28/09/2015
Shell desiste de poços no Ártico, rival do pré-sal. Não é ecologia, é falta de petróleo
por Fernando Brito
Para os que não se dão conta da importância estratégica do pré-sal brasileiro, uma notícia para fazer pensar.
A gigante Shell anunciou o abandono de seu programa exploratório no Ártico, depois de ter investido US$ 7 bilhões na perfuração de poços.
Embora a tentativa de explorar petróleo nos mares gelados da região tenha causado muitas dores de cabeça à companhia pelos protestos de ambientalistas, não foi esta a razão da decisão.
O motivo foi que o petróleo e o gás natural eram em quantidade muito pequena e, portanto, antieconômica a sua exploração.
Em um comunicado divulgado hoje, Marvin Odum, diretor da Upstream Americas da Shell, disse, segundo o jornal inglês The Guardian: “A Shell continua a ver importante potencial de exploração na bacia, e é provável que a área seja, em última análise, de importância estratégica para o Alasca e os EUA. No entanto, os resultados foram claramente decepcionantes na exploração esta parte da bacia. ”
Esta parte da bacia refere-se aos mares de Chukchi e Beaufort, onde a empresa fazia perfurações, marcado ali no mapa.
Imagine o leitor se um diretor da Petrobras viesse anunciar que se gastou US$ 7 bilhões (R$ 28 bilhões) num programa de exploração “decepcionante” no pré-sal?
Porque as duas áreas – um pouco menos o Ártico – quase se equivaliam como perspectiva de reservas petrolíferas: lá esperava-se até 30 bilhões de barris, segundo o The Washington Post; aqui, em torno de 35 a 40 bilhões de barris.
Os anglo-holandeses, competentíssimos, branquinhos, sabidões, honestíssimos (só quem não leu um livrinho de História acha isso, porque não sou dos corsários da Rainha) furaram mal.
Os brasileirinhos, moreninhos, “funcionários públicos”, acomodados, incompetentes (e, para muitos, ladrões, embora estes ratos metidos ali fossem uns poucos) não fracassaram e já chegaram, em oito anos, à marca de um milhão de barris por dia. E a uma taxa de sucesso de quase 100%: onde se fura, acha-se petróleo, sem falha.
É isso o que a canalha entreguista que entregar para as multinacionais: um tesouro igual ou maior que aquele que eles tão tiveram capacidade ou condições geológicas para explorar com sucesso.
É isso que querem fazer você crer que é competência, honradez, eficiência e investimento rentável.
Mas Deus é grande e fez a Shell dar com os burros n’água (geladíssima) no Ártico para que a gente dê valor ao que tem e não entregue o nosso petróleo, apesar da podre aliança entre vendilhões da pátria e otários-pato.
.
Boa noite a todos os leitores... Pois é... o artigo é tão auto explicativo, que nos cabe apenas, parabenizar Fernando Brito, além de indicarmos o Texto no G+1, naturalmente...
ResponderExcluir