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19/09/2015
Serra pisca para Temer e prega parlamentarismo
Brasil 247 - 19 de Setembro de 2015 às 18:06
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Tido como um dos principais conspiradores em favor
do vice-presidente Michel Temer, o senador José Serra (PSDB-SP), pela
primeira vez, assumiu que trabalharia para dar sustentabilidade a um
eventual governo do PMDB; no entanto, Serra impôs uma condição; "Do
ponto de vista político, para mim, uma das condições mais importantes
seria a implantação do parlamentarismo, a partir de 2018", disse ele;
assim, com a revisão do presidencialismo, aprovado em plebisicito pelos
brasileiros em 1993, Serra poderia tentar se tornar primeiro-ministro;
na entrevista, ele voltou a prever a queda da presidente Dilma Rousseff;
"Não tenho bola de cristal nem estou fazendo torcida, mas está ficando
cada vez mais difícil ela permanecer"
247 – As divisões do PSDB já são conhecidas. Enquanto o senador Aécio Neves (PSDB-MG) sonhava com um golpe que levasse a novas eleições, para tentar concorrer novamente à presidência da República, o governador Geraldo Alckmin trabalhava para que o governo federal se desgastasse até 2018 para que ele se tornasse o candidato natural dos tucanos daqui a três anos. Enquanto isso, correndo por fora, o senador José Serra (PSDB-SP) sinalizava que apoiaria um eventual governo do vice-presidente Michel Temer.
A posição de Serra foi explicitada em entrevista ao jornalista Adriano Ceolin (confira aqui). Nela, Serra se rasgou em elogios a Temer. "Conheci o Michel no movimento estudantil. Ficamos próximos no governo Franco Montoro (1983-1987), quando fomos secretários do Estado. Em 2002, ele foi decisivo para que o PMDB me apoiasse para a Presidência. Na minha opinião, o Michel tem tido uma postura de equilíbrio em relação ao governo. Recentemente, tivemos poucas conversas. Não o vejo conspirando. Como há a possibilidade do impeachment, ele tornou-se uma figura central na política brasileira e, evidentemente, objeto de toda sorte de interpretações", disse ele.
Sobre sua capacidade de governar, mais elogios. "Ele tem muita experiência política e formação intelectual. O próximo presidente comerá o pão que o diabo amassou. Indigesto ou não, terá de fazer isso. É claro que é possível sairmos da crise."
Serra prometeu apoiá-lo, mas impôs condições. "Certamente o PSDB apresentaria algumas condicionantes. Do ponto de vista político, para mim, uma das condições mais importantes seria a implantação do parlamentarismo, a partir de 2018", afirmou. "O PSDB sempre foi parlamentarista. Fernando Henrique, Mario Covas, Montoro, José Richa, eu mesmo e vários outros tentamos aprovar esse sistema de governo durante a Assembleia Constituinte.
Na entrevista, ele voltou a prever que a presidente Dilma Rousseff não chegará ao fim do mandato para o qual foi reeleita há menos de um ano. "Não tenho bola de cristal nem estou fazendo torcida, mas está ficando cada vez mais difícil ela permanecer", afirmou.
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PITACO DO ContrapontoPIG
Procurando os mais tortuosos caminhos este entreguista descarado, o pulha do Serra, não sossega enquanto - para agradar os seus patrões - não entregar o pré-sal às petroleiras estrangeiras.
Figura abjeta, cínica, despudorada. Presente em praticamente todos os escândalos da história recente do Brasil, continua estranhamente "esquecido" pela justiça e tramando contra seu próprio país.
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