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24/09/2015
Imprensa insiste em distorcer alta do dólar
Por Carlos Eduardo, editor assistente do Cafezinho.
De tanto repetir a mesma falácia várias e várias vezes, a grande imprensa consegue transformar um erro grosseiro de economia em verdade absoluta.
Dizer que o dólar alcançou sua a maior cotação desde o início do Plano Real sem deflacionar a moeda, simplesmente não faz sentido algum.
Qualquer estudante de Economia sabe perfeitamente que os valores nominais não condizem com a realidade, e devem sempre ser atualizados em valores reais.
O dinheiro varia no tempo. R$ 100 reais hoje não são iguais a R$ 100 reais daqui há um mês. Assim como a cotação do dólar em R$ 4 em 2002 não é igual a cotação de R$ 4 em 2015.
Os números precisam ser corrigidos pela inflação. Este é um dos princípios mais básicos da matemática financeira.
Curioso como a imprensa repete o mesmo erro que já havia cometido anteriormente em julho deste ano, quando afirmou que a cotação de R$ 3,36 era a mais alta em 12 anos.
Errado.
Para a afirmação ser correta, o dólar em julho deveria custar mais de R$ 7, como bem apontou na época o jornalista Rodolpho Gamberino, da TV Gazeta (veja o vídeo).
De lá pra cá, ou os editores de economia da grande imprensa não aprenderam nada, ou estão agindo de má-fé. Para o dólar alcançar o maior valor da história do Plano Real, em valores atuais, teria que ser superior a R$ 8 e ainda estamos longe disso.
Para entender melhor o assunto, recomendo a leitura da Coluna Econômica de Luís Nassif, logo abaixo.
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Leia:
A miopia na análise dos recordes do dólar
por Luis Nassif, no GGN
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