terça-feira, 15 de setembro de 2015

Contraponto 17.704 - "Golpe do impeachment: dou um boi para não entrar na briga, mas dou uma boiada para não sair dela."

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15/09/2015 

 

Golpe do impeachment: dou um boi para não entrar na briga, mas dou uma boiada para não sair dela.

 

Amigos do Presidente Lula - segunda-feira, 14 de setembro de 2015 

Tô de saco cheio desse mi-mi-mi de impeachment pregado por parlamentares e jornalistas vagabundos e inúteis que não tem mais o que fazer na vida 24 horas por dia.

Ou melhor, muito político ladrão acha que tem o que fazer sim, mas é claro que não é boa coisa. Só que estão ociosos, impedidos de se aproximarem dos cofres e do patrimônio público enquanto Dilma estiver na presidência.

Ainda acho que tem mais blefe, chantagem e especulação do que realidade nas ameaças do golpe do impeachment, apesar de ter políticos idiotas que levam a sério, ignorando as consequências imediatas até para o pescoço deles mesmos.

O motivo é simples: pelo menos eu, e tenho certeza que estou acompanhado de milhões de brasileiros, inclusive os mais organizados em movimentos sociais, tenho um plano "A" que é dar um boi para não entrar na briga do impeachment. Mas o plano "B" é dar um boiada para não sair da briga, se ela for inevitável.

O plano "A" é o governo Dilma manter o caminho do governo Lula da conciliação pela governabilidade, fazendo algumas concessões legítimas e inevitáveis a um parlamento de maioria conservadora, obtendo concessões progressistas para incluir todos os pobres na classe média. Assim todo o país fica rico e desenvolvido com mais gente podendo ter acesso à casa própria, eletrodomésticos, banda larga rápida, carro, educação de qualidade até a universidade, saúde, etc. Até a segurança pública melhora quando todos tem mais oportunidades e acesso a viver com dignidade.

Mas o que fazer se tem tubarão golpista querendo dar o golpe contra as regras democráticas e contra este projeto nacional aprovado nas urnas? Sobra o plano ¨B", que é dar uma boiada para não sair da briga que tentamos evitar.

E o plano "B" é bem mais amplo do que meramente preservar um mandato presidencial. É uma briga que deflagrará uma revolução popular por reformas que modifiquem o sistema de uma vez por todas.

A própria Dilma, durante o processo, ficaria livre da responsabilidade de governar por coalizão. Se os conservadores golpistas promoverem uma ruptura, a presidenta pode romper também e partir para enviar goela abaixo ao Congresso (mesmo sabendo que a maioria dos parlamentares é contra) um pacotão de medidas provisórias históricas, com reformas ousadas que contemplem a nossa pauta dos sonhos, desde medidas econômicas até a convocação de plebiscitos. Talvez até convocar uma reforma constituinte.

E para cada medida enviada, convoca rede nacional de tv e rádio para explicar as ações que contam com forte apoio popular e que impactam diretamente a vida e a renda da grande maioria dos brasileiros. Quero ver votarem contra e quero ver se terão coragem de derrubar ela.

Se já damos um boi, daremos uma boiada para:

1) Acelerar o processo de reduzir as desigualdades sociais. Elevar os salários e aposentadorias mais baixas. Tributar mais os mais ricos, transferindo renda para os mais pobres, criando o imposto de renda negativo;

2) Fazer uma reforma de verdade no sistema político, com o fim da bandalheira no financiamento empresarial de campanha, com o fim de privilégios e com muito mais participação popular e controle social sobre as atividades políticas.

3) Questionamento amplo, geral e irrestrito de como as riquezas nacionais são divididas. Da posse de latifúndios de origem duvidosa, da participação dos trabalhadores nos lucros, das concessões de lavras, telecomunicações e pedágios, dos lucros abusivos e do funcionamento do mercado financeiro. E do financiamento da dívida pública. Inclusive restaurar o crime de usura para quem cobrar mais do 12% ao ano de juros reais (acima da inflação) ao consumidor, artigo que existia na Constituição de 1988 faltando apenas regulamentar, mas foi retirada por uma emenda servil aos banqueiros de autoria do senador José Serra (PSDB-SP).

4) Levar ao fim dos privilégios indevidos e imorais no legislativo e no judiciário, incluindo nos estados e municípios. Inclusive acabando com jeitinhos de burlar o teto salarial do funcionalismo.

5) Criar a figura do juri popular sumário, ou uma forma de consulta popular, que decida pelo afastamento provisório do cargo ou não de políticos já denunciados pelo Ministério Público por corrupção, mesmo que anterior ao mandato, até o resultado final do julgamento.

6) Tornar crime hediondo a sonegação de impostos de grande vulto e a evasão de divisas. Revogar a lei que extingue crimes sobre sonegação de impostos de alto valor, quando o contribuinte paga ao fisco. Pois assim, para muita gente inescrupulosa vale a pena o risco de sonegar. Se não for pego fica no lucro, se for pego paga o que teria que pagar mais multa e fica por isso mesmo.

Queda da bastilha à brasileira

E alguém imagina que as rampas e os gramados do Congresso Nacional ficarão vazios com centenas de parlamentares envolvidos com corrupção das grossas, outros que só querem se dar bem, derrubando uma presidenta comprovadamente honesta e batalhadora? Ainda mais para fazer patifarias contra o povo trabalhador, roubar o pré-sal e torrar os US$ 368 bilhões de reservas transferindo para o bolso dos banqueiros.

Alguém imagina que Cunha, Paulinho e outros denunciados por corrupção, Aécio enrolado com Furnas, Cemig, Andrade Gutierrez e outras "cositas mas", serão aclamados por darem um golpe desrespeitando as urnas para virarem "homens-forte" de um novo governo corruptocrático?

Acho que é blefe e que não será preciso, mas se aventurarem ao golpe eu já adianto que estarei lá no "Ocupe o Congresso", protestando e escrevendo no blog a história ao vivo, com polícia ou sem polícia chamada pelo Cunha. E chamo os amigos leitores a fretarmos ônibus, quantos forem necessários e de onde forem necessários, para irmos todos lá fazermos a história. Quem topa?

Em tempo: Se precisar, tô dentro dos esculachos que o Levante Popular da Juventude fizer contra golpistas e reacionários, assim como fizeram contra torturadores. É só avisar.

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