segunda-feira, 6 de março de 2017

Nº 20.935 - "PAULO PRETO: “SERRA E ALOYSIO SABIAM DE TUDO”"

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06/03/2017

PAULO PRETO: “SERRA E ALOYSIO SABIAM DE TUDO”


Brasil 247 - 6 DE MARÇO DE 2017 ÀS 11:40


Acusado de receber R$ 100 milhões em propinas, o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto e tido como operador do PSDB, teria dito a um amigo que "tudo o que acontecia no Dersa era de conhecimento do Serra e do Aloysio"; informação é do colunista Mauricio Lima; preso desde agosto do ano passado em Curitiba pela Operação Lava Jato, o doleiro Adir Assad propôs acordo de delação premiada em que detalha como teria sido o repasse de R$ 100 milhões a Paulo Preto entre 2007 e 2010, época em que o estado de São Paulo era governado por José Serra (PSDB); segundo Assad, o ex-diretor da Dersa centralizava os repasses das empreiteiras responsáveis por obras na estatal do governo paulista


SP 247 - Acusado de receber R$ 100 milhões em propinas do operador Adir Assad, o empresário Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, está cada vez mais próximo de contar o que sabe.

Segundo o colunista Mauricio Lima, do  Radar Online, Paulo Preto teria dado uma declaração sugestiva a um amigo próximo neste último final de semana, ele deu uma declaração enigmática: “Tudo o que acontecia no Dersa era de conhecimento do Serra e do Aloysio”.  

"O interlocutor não entendeu se ele estava admitindo os mal-feitos, apenas dizendo que a dupla tucana conhecia os detalhes da sua administração ou ambas opções", diz o colunista. Paulo Preto foi ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), estatal responsável por grandes obras de infraestrutura no estado de São Paulo. 

Preso desde agosto do ano passado em Curitiba pela Operação Lava Jato, o operador financeiro Adir Assad propôs um acordo de delação premiada em que detalha como teria sido o repasse de R$ 100 milhões a Paulo Preto  entre 2007 e 2010, época em que o estado de São Paulo era governado por José Serra (PSDB).

Paulo Preto atuou nas obras do Rodoanel nas gestões de Geraldo Alckmin e Serra, e também foi citado por empreiteiros como coletor de propinas. De acordo com o lobista, o ex-diretor da Dersa centralizava os repasses das empreiteiras responsáveis por obras na estatal do governo paulista.

Assad confessou ter usado suas empresas de fachada para lavar recursos de empresas em obras na região metropolitana de São Paulo, como o Rodoanel, a Nova Marginal Tietê, e o Complexo Jacu-Pêssego.

Segundo o operador, nos contratos com Dersa, as empreiteiras subcontratavam suas empresas, o valor das notas frias era transformado em dinheiro e as companhias indicavam quem seriam os beneficiários dos recursos. Entre 2007 e 2012, foi movimentada uma cifra em torno de R$ 1,3 bilhão em contratos fictícios assinados com empreiteiras.

Além de prometer revelar detalhes do esquema na Dersa, Assad propôs mapear o funcionamento do sistema financeiro paralelo das empreiteiras responsável por abastecer as contas de suas empresas, de acordo com informações divulgadas pelo Estadão. Ele também deve falar sobre como as firmas movimentavam bilhões em bancos sem prestar serviços e sem ter funcionários.

O criminalista Miguel Pereira Neto, que defende Adir Assad, afirmou que “não é de conhecimento da defesa técnica a existência da colaboração premiada”. O defensor negou ter sido firmado algum acordo de delação.

O senador José Serra (PSDB-SP) não quis se pronunciar.

Em nota, a Dersa afirmou que, “em todos os empreendimentos mencionados pela reportagem, firmou contratos de obras apenas com os consórcios executores que venceram as respectivas licitações” e não com as empresas de Assad. De acordo com a estatal, foi criado em 2011 um departamento de Auditoria Interna e implantado um Código de Conduta Ética, “aprimorando a análise e a fiscalização dos contratos dos empreendimentos de modo permanente e organizado”. “A Companhia não compactua com irregularidades e se mantém pronta para colaborar com as autoridades no avanço das investigações”.

Por meio de sua assessoria, a Andrade Gutierrez, em nome do consórcio SVM, disse que não iria se manifestar.

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