08/10/2009
G20 deve substituir G8 à frente da economia mundial
Bruno Garcez
Enviado especial da BBC Brasil a Pittsburgh
Lula e Obama
Lula e Obama participam da cúpula do G20 em Pittsburgh
O Brasil e outras nações emergentes devem colher uma vitória nesta sexta-feira, no encerramento da cúpula do G20, com a ampliação dos poderes do bloco que reúne os países mais ricos do mundo e as principais economias em expansão.
A expansão dos poderes do G20 e o seu status como substituto do G8 (o grupo formado pelas sete maiores economias mundiais mais a Rússia) era uma das bandeiras do Brasil, bem como o das outras nações emergentes, como a China e a Índia.
Pelo acordo, a agremiação de 20 países terá mecanismos para agir como coordenador global de políticas econômicas e permitir que os países-membros fiscalizem os compromissos firmados por cada um.
A iniciativa foi defendida também pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que vinha reivindicando o que chamou de "um reequilíbrio mundial".
Nesta sexta, deverá ser anunciado ainda que G20 se tornará um conselho permanente de cooperação econômica internacional, papel que era tradicionalmente desempenhado pelo G8.
O G8 vai continuar mantendo encontros regulares relativos a temas de segurança internacional que sejam de interesse dos países que constituem o bloco.
Ainda na quinta-feira, o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, havia dito que os emergentes já haviam feito avanços a começar, até mesmo, pelo nome da conferência que está sendo realizada em Pittsburgh.
Esta edição do encontro menciona o G20 em seu título, frisou o assessor do Planalto, enquanto que a cúpula anterior do bloco, realizada em Londres, em abril, não fazia menções ao grupo de 20 países.
Garcia havia dito que já ficara claro que ''o G8 não é mais aquela instância que organiza os debates sobre questões financeiras internacionais, houve uma certa transferência para o G20''.
Mas a despeito da vitória na ampliação dos poderes do bloco, as nações emergentes poderão sofrer um revés no acordo final da reunião.
Os países europeus vêm demonstrando resistência à intenção dos países em desenvolvimento de ter sua representatividade ampliada em organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) em 5% ou mais.
A proposta conta também com o apoio dos Estados Unidos, mas teria a oposição da França e da Alemanha, que temem perder o seu poder dentro do FMI.
O esboço inicial do documento final do G20 afirma que há um consenso em elevar as cotas dos emergentes em pelo menos 5%, graças a uma transferência de ''países super-representados para mercados emergentes, dinâmicos e sub-representados, e nações em desenvolvimento na próxima revisão de cotas (do FMI), que será concluída em 2011".
O assessor da Presidência disse que há diferença entre as duas posturas.
''A diferença é que você pod
Algumas nações, como a Espanha, por exemplo, gostariam que o documento não falasse em ''mercados emergentes dinâmicos e sub-representados'', mas somente em ''mercados dinâmicos e sub-representados'', a fim de que pudesse se valer do mesmo aumento de cotas pleiteado pelos países em desenvolvimento.
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