08/10/2009
Micheletti só aceita deixar o poder se Zelaya 'ficar de fora'
Portal Vermelho 7 de Outubro de 2009 - 22h20
"Se hoje sou um obstáculo, fico de fora; mas exijo, sim, que fique de fora este senhor", disse o presidente de fato de Honduras, Roberto Micheletti, disse nesta quarta-feira (7). O "senhor" mencionado é o presidente eleito, e deposto, Manuel Zelaya. Micheletti fez a declaração reunião com o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, e uma missão de chanceleres.
"Se hoje sou um obstáculo, fico de fora; mas exijo, sim, que fique de fora este senhor", disse o presidente de fato de Honduras, Roberto Micheletti, disse nesta quarta-feira (7). O "senhor" mencionado é o presidente eleito, e deposto, Manuel Zelaya. Micheletti fez a declaração reunião com o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, e uma missão de chanceleres.
A missão de ministros do Exterior e diplomatas foi a Tegucigalpa para abrir um diálogo em busca de uma saída para a crise gerada pelo golpe de Estado de 28 de junho. Ao abrir a reunião, Insulza disse esperar "soluções concretas para uma situação que não pode se prolongar".
"A menos que nos invadam"
Roberto Micheletti:
"Exijo que fique de fora este senhor"
"O objetivo final são as eleições, que vão se protagonizar em 29 de novembro. Só se nos mandam um ataque, se nos invadem, é a única forma de nos deter", disse um desafiante Micheletti. "Os senhores nem sabem toda a verdade e nem querem saber toda a verdade", açulou ainda, dirigindo-se à missão de diálogo da OEA."
EUA comparam Honduras a Afeganistão
O governo dos Estados Unidos sublinhou a "urgência" de se encontrar uma solução para a crise de Honduras, conforme afirmou o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Philip Crowley. "O tempo se esgota", em vista da iminência das eleições, que não serão reconhecidas nas "atuais circunstâncias", disse ele. "O momento é agora e a situação é urgente", afirmou o funcionário em Washington.
"Esta crise tem que ser resolvida, já durou demasiado", insistiu o porta-voz. Ele recordou que os EUA, tal como outros países, advertiram que não reconhecerão, "nas atuais circunstâncias", os resultados das urnas de 29 de novembro.
"O tempo se esgota. Não se pode estalar os dedos sem mais e mudar a situação da noite para o dia. Vimos claramente no Afeganistão que organizar eleições em um entorno difícil requer uma grande quantidade de trabalho", disse Crowley à imprensa, usando o exemplo das eleições do mês passado no país ocupado militarmente há oito anos, cercadas por denúncias de fraude e corrupção.
"Há muitos passos que temos que ver Honduras dar caso se pretenda que mudemos nossa posição sobre a situação atual", disse Crowley. Ele expôs que, para Washington, o país centro-americano "não preenche hoje as condições para eleições livres e justas".
Da redação, com agências
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EUA comparam Honduras a Afeganistão
O governo dos Estados Unidos sublinhou a "urgência" de se encontrar uma solução para a crise de Honduras, conforme afirmou o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Philip Crowley. "O tempo se esgota", em vista da iminência das eleições, que não serão reconhecidas nas "atuais circunstâncias", disse ele. "O momento é agora e a situação é urgente", afirmou o funcionário em Washington.
"Esta crise tem que ser resolvida, já durou demasiado", insistiu o porta-voz. Ele recordou que os EUA, tal como outros países, advertiram que não reconhecerão, "nas atuais circunstâncias", os resultados das urnas de 29 de novembro.
"O tempo se esgota. Não se pode estalar os dedos sem mais e mudar a situação da noite para o dia. Vimos claramente no Afeganistão que organizar eleições em um entorno difícil requer uma grande quantidade de trabalho", disse Crowley à imprensa, usando o exemplo das eleições do mês passado no país ocupado militarmente há oito anos, cercadas por denúncias de fraude e corrupção.
"Há muitos passos que temos que ver Honduras dar caso se pretenda que mudemos nossa posição sobre a situação atual", disse Crowley. Ele expôs que, para Washington, o país centro-americano "não preenche hoje as condições para eleições livres e justas".
Da redação, com agências
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