07/11/2009
Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Em reunião preparatória para a 2ª Cúpula América Latina e Caribe, os 20 países que integram o Grupo do Rio foram unânimes em condenar o desrespeito ao acordo proposto para Honduras, por parte do governo golpista de Roberto Micheletti.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, além da condenação, o grupo decidiu enviar a Honduras um documento comunicando a decisão de não reconhecer o resultado das próximas eleições em Honduras sem que o presidente deposto Manuel Zelaya seja reconduzido ao poder.
“Achamos que esse é o elemento de pressão mais forte porque é a primeira vez que a América Latina e o Caribe, com um todo, estão dizendo que se as eleições forem realizadas sem prévia não serão reconhecidas. Sem a restituição do Zelaya não poderão ser reconhecidas”, disse Amorim em entrevista à TV Brasil.
Amorim ressaltou que o governo de Roberto Micheletti vem usando de “subterfúgios de linguagem” para impedir que Zelaya volte ao poder que é a condição primeira do acordo. "A volta, a restituição de Zelaya é o elemento central do acordo. Não adianta buscar subterfúgios de linguagem, ou ambiguidades porque, na realidade, isso é um elemento central. Sem isso, toda América Latina e o Caribe não reconhecerão o regime.”
A movimentação de Micheletti para obter os nomes das pessoas que formarão o governo de união nacional, de acordo com Amorim, foi interpretada como uma grande manobra que acabou ocasionando o impasse em Honduras. "O próprio Micheletti é quem deve sair e é quem estava pedindo os nomes para formar o governo de união nacional e sem nenhuma garantia de que Zelaya será restituído. Isso é que ocasionou o impasse.”
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