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28/01/2014
Dilma em Cuba: a presença estratégica brasileira na ilha
Do ponto das relações comerciais, a presença do Brasil em cuba tem importância estratégica
Jornal O Povo - editorial - 28/01/2014
São mais de 300 as empresas brasileiras fazendo negócios ou que já se fixaram no país, que é o terceiro maior beneficiário de recursos do BNDES para a compra de bens e serviços do Brasil. Cerca de US$ 500 milhões de crédito/ano (aproximadamente R$ 1,2 bilhão) estão sendo oferecidos a Cuba com esse fim. Inclusive, linha anual de US$ 70 milhões do programa Mais Alimentos Internacional, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, para a compra de implementos agrícolas brasileiros.
Só no Porto de Mariel foram financiados pelo Brasil US$ 682 milhões (o custo total da obra foi de cerca de US$ 900 milhões), nele será instalada - seguindo o modelo da China - a primeira Zona de Desenvolvimento Especial, com 265 quilômetros quadrados, numa posição estratégica, de frente para a Flórida, nos EUA, formando o maior investimento privado em Cuba, desde a Revolução de 1959. No cômputo geral, entre 2006 e 2013 o saldo do intercâmbio bilateral entre Brasil e Cuba saltou de US$ 375,4 milhões para US$ 624,8 milhões.
A visita presidencial a Cuba tem também dimensão política: traduzir contrapeso à presença de Dilma em Davos, na cúpula do mundo capitalista. O Brasil explicita, assim, não apenas sua política externa independente, mas, igualmente, modelo de desenvolvimento que dá grande realce ao aspecto social, fortalecendo a ideia de crescimento com inclusão, que tornou a América do Sul referência mundial.
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