quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Contraponto 13.146 - "A estupidez bíblica do movimento coxinha #naovaitercopa"

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29/01/2014

A estupidez bíblica do movimento coxinha #naovaitercopa


Do Cafezinho - 20/01/2014

Enviado por Miguel do Rosário on 29/01/2014 – 7:16 pm


Reproduzo abaixo um texto do Eduardo Guimarães, seguido do vídeo com o serralheiro, onde ele agradece as doações que recebeu de internautas indignados com as ações violentas de black blocs e seus apoiadores coxinhas.

Mas antes, queria deixar minha opinião sobre o caso.

Eu acho que as pessoas têm todo o direito de protestar contra o que for, contra a Copa, contra Deus, contra o Diabo. Mas eu também tenho direito a ter minha opinião sobre cada protesto, a concordar ou discordar.

Na minha opinião, esses protestos contra a Copa são de uma estupidez monumental. O slogan #naovaitercopa é autoritário. A grande maioria da população brasileira deseja a Copa do Mundo, que é um compromisso internacional e uma decisão soberana de um governo democrático.

Se houve superfaturamento na construção de estádios, é um problema que temos de resolver internamente, depois da Copa.

Outra burrice de proporções bíblicas são os versos: “Da copa eu abro mão, quero dinheiro em saúde e educação”, porque a Copa do Mundo irá estimular atividade econômica que por sua vez gerará impostos, usados em Saúde e Educação. Sem Copa, iremos abrir mão dessas atividades econômicas e não teremos esses impostos disponíveis para Saúde e Educação. E ainda teremos de pagar uma multa bilionária.

Além disso, eu acho desrespeito para com o resto do mundo. Quando tem Copa do Mundo, os brasileiros enfeitam as ruas, se divertem como nunca. A África do Sul fez uma bela Copa. Os brasileiros se divertiram à beça, assistindo na TV ou mesmo viajando para lá. E agora, quando o resto do mundo quer se divertir, assistindo os jogos a serem realizados no Brasil, vendo reportagens sobre nosso país, a gente não vai fazer o evento? Por que? Por pirraça contra o governo?

A coisa me parece ainda mais grave. Parcelas da sociedade brasileira, inclusive gente supostamente esclarecida da academia, estão chancelando o quebra-quebra como parte da “manifestação democrática”. Isso é um absurdo. A democracia não é um regime suicida, que permite a seus integrantes destruirem o próprio sistema. Um regime democrático, como qualquer regime político, pressupõe ordem, estabilidade, paz.

Uma filosofia social progressista pode até entender a erupção de violência em manifestações de setores desesperados da sociedade. Mas é uma verdadeira anomalia estimular essa violência, como se ela contivesse algum germe revolucionário. Não tem. O que muda uma sociedade, num regime onde a democracia está fortemente estabelecida, são manifestações de ordem democrática, ancoradas em estratégias políticas inteligentes, responsáveis, consequentes. Violência, já diz o ditado, só gera violência, e termina sempre mal. Em geral, põe água no moinho conservador, ao forçar uma situação de crise que faz a população requerer um líder linha-dura, que ponha ordem na casa.

No protesto contra a Copa realizado em São Paulo, foram presos jovens do PSOL e do PSDB, revelando ainda essa aliança transgênica, bizarra, cujo objetivo é bem claro: desgastar o governo federal. A presença de jovens de outras cidades levanta suspeitas de que há patrocínio clandestino para os elementos mais radicais. Qualquer pesquisa rápida na internet verifica que as manifestações do #naovaitercopa tem apoio de todos os psicóticos de extrema-direita, inclusive os mais grotescos, como o rapaz que vem pedindo intervenção militar norte-americana para derrubar o governo Dilma. Todos os grupos fascistóides estão apoiando o boicote à Copa. Todos.

A mídia vai dar força, com certeza, e vai fazer um jogo duplo, fingindo repudiar a violência mas dando um enorme cartaz para os grupos radicais, fazendo propaganda das datas e locais das manifestações.

Em relação ao governo Alckmin, minha preocupação é que ele promova atentados “cirúrgicos”, como foi o caso do tiro naquele estudante, Fabrício Proteus, apenas para não deixar a chama apagar.

Ah, ia esquecendo. Sou totalmente a favor da Copa do Mundo. Tanto que vou até acrescentar, de graça, um banner aí do lado para deixar isso bem claro – linkado ao estudo da FGV sobre os impactos sócio-econômicos do evento. Acho que vai gerar empregos, renda, impostos, turismo e visibilidade positiva para o Brasil. Torço para que os coxinhas e black blocs tenham juízo e não façam mais besteiras. Até porque o povo ainda não está sequer entendendo isso. Em reunião com sindicalistas dos setores mais populares, um amigo que  é dirigente de um partido falou que eles nem compreenderam que exista gente contra a Copa. Riram e não acreditaram.

Quando cair a ficha das torcidas organizadas, que são violentamente a favor da Copa, de que há coxinhas endinheirados querendo sabotar o evento com o qual elas tanto sonharam, não sabemos o que pode acontecer. Ruy Castro, em sua coluna da Folha de hoje, teme que os coxinhas e black blocs sejam “massacrados”.

Texto do Eduardo Guimarães

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