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29/04/2015
Costa confirma que pagou propina de R$ 10 mi ao PSDB
Em novo depoimento prestado nesta terça-feira (28)
à Justiça Federal, o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo
Roberto Costa, afirmou que parte dos recursos desviados da Diretoria de
Abastecimento foram destinados ao PSDB; "Fui procurado em 2009 ou 2010
pelo senador Sérgio Guerra, numa reunião no Rio, marcada pelo deputado
Eduardo da Fonte. Para minha surpresa, quando cheguei lá, estava o
senador. Do encontro resultaram duas ou três reuniões num hotel na Barra
da Tijuca. O senador pediu que se repassasse para ele um valor de R$ 10
milhões para que não ocorresse CPI da Petrobras nesse período. Depois
da terceira reunião fiz contato com a Queiroz Galvão, que honrou o
compromisso. Foi pago R$ 10 milhões para o senador nesse período",
afirmou Costa
247 - Em novo depoimento
prestado nesta terça-feira (28) à Justiça Federal, o ex-diretor de
abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou que parte dos
recursos desviados da Diretoria de Abastecimento foram destinados ao
PSDB, ao PT e ao PMDB. De acordo com o delator, esses repasses foram
feitos a partir de 2007, quando outros partidos, além do PP, passaram a
ter ingerência sobre a área de abastecimento.
"Houve direcionamento pontual para o PSDB, para o PT e para o PMDB.
Eu fiquei muito doente no final de 2006, em uma situação extremamente
precária de saúde, e nesse período houve uma briga política muito grande
para colocar uma outra pessoa no meu lugar", afirmou Costa na delação.
Não é a primeira vez que o ex-diretor faz denúncias referentes ao
PSDB. Ele já havia afirmado que Sérgio Guerra, ex-presidente do partido,
morto em 2014, recebera propina para que não houvesse CPI da Petrobras,
em 2009. No depoimento de hoje, Costa afirma que os R$10 milhões
recebidos por Guerra foram pagos pela empreiteira Queiroz Galvão.
O acerto teria sido negociado em um encontro entre Costa e Guerra em
um hotel na Barra da Tijuca, no Rio. Na reunião, marcada pelo deputado
federal Eduardo da Fonte (PP-PE), Guerra teria determinado o valor da
propina que gostaria de receber para impedir as investigações no
Congresso.
"Fui procurado em 2009 ou 2010 pelo senador Sérgio Guerra, numa
reunião no Rio, marcada pelo deputado Eduardo da Fonte. Para minha
surpresa, quando cheguei lá, estava o senador. Do encontro resultaram
duas ou três reuniões num hotel na Barra da Tijuca. O senador pediu que
se repassasse para ele um valor de R$ 10 milhões para que não ocorresse
CPI da Petrobras nesse período. Depois da terceira reunião fiz contato
com a Queiroz Galvão, que honrou o compromisso. Foi pago R$ 10 milhões
para o senador nesse período", afirmou Costa.
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