E não é que a Dilma, aos poucos, está aprendendo a jogar bola?

O esforço da “República do Paraná” para destruir a cadeia da indústria brasileira que floresceu em torno do pré-sal acaba de sofrer mais um duro revés.

O primeiro revés foi a entrada da China, sobre o qual já falamos muito.

Agora é um acordo a ser firmado entre Petrobrás e Pemex, sob orientação da própria presidenta da república, Dilma Rousseff, para que as duas empresas estabeleçam parcerias na cadeia de fornecedores, em especial o setor naval.

O setor naval tem sido um dos mais atacados pela irresponsabilidade dos procuradores responsáveis pela Lava Jato.

Milhares de trabalhadores do setor naval já foram demitidos, por conta da fúria destrambelhada de setores do ministério público, que queriam promover incêndio e destruição em Roma para derrubar o cônsul.

Felizmente, a presidenta Dilma resolveu governar e fazer política, e começou em grande estilo, fazendo uma parceria de R$ 200 bilhões com a China, e agora chancelando acordos entre a Petrobrás e outra gigante estatal, a Pemex.

*

Acordo entre Petrobras e Pemex pode avançar em áreas de investimento comum, como o setor naval

Segunda-feira, 25 de maio de 2015 às 11:18

Brasil e México A presidenta Dilma Rousseff afirmou neste domingo (24), em entrevista ao jornal mexicano La Jornada, que a duas gigantes do petróleo na América Latina, a Petrobras e a estatal Petróleos Mexicanos (Pemex), poderiam avançar em diversas áreas, alem do atual Convênio Geral de Colaboração Científica, Técnica e de Treinamento, fechado em 2005. Segundo ela, as empresas podem atuar de forma conjunta em investimentos comuns e também na cadeia de fornecedores, especialmente na área naval. “Produzir um pedaço aqui e um pedaço lá”, disse ela.

“No Brasil, nós estamos fazendo estaleiros em um mercado que é demandante, porque temos de explorar o pré-sal”. Por sua vez, no México também há uma grande demanda. Assim, seria possível ter ações conjuntas na área da indústria de equipamentos e na cadeia de óleo e gás.

Além disso, a cooperação fica mais fácil porque Petrobras e Pemex têm características semelhantes, uma vez que a estatal brasileira já tem ações em bolsa e, agora, a empresa mexicana está indo pelo mesmo caminho.”Nós temos um marco muito similar”, avaliou. Além de estarem mais ou menos num mesmo ambiente regulatório, há presença de empresas internacionais tanto no México e quanto no Brasil.

Além disso, afirmou Dilma Rousseff, a Pemex também seria muito bem-vinda na área do pré-sal. De acordo com ela, isso seria de interesse estratégico do Brasil e bom para a Pemex porque a Petrobras detém a tecnologia de exploração em águas profundas.

A visita da presidenta ao México, nesta semana, é uma oportunidade para a criação de um marco político nesse sentido. “Nós veríamos com imensa simpatia. Afinal de contas, a Pemex é uma das maiores national oil companies do mundo. A Pemex é uma empresa absolutamente conceituada, por trás dela está o povo do México”. E a Petrobras é tão importante para o Brasil como a seleção. Se a seleção é a pátria de chuteiras, como dizia o escritor Nelson Rodrigues, a Petrobras é a pátria com as mãos sujas de óleo, acrescentou.

Petrobras é estratégica para o Brasil

Segundo a presidenta Dilma Rousseff, a Petrobras tem um papel um papel estratégico no Brasil, principalmente pelo grau de avanço tecnológico que alcançou. “Ela, hoje, tem uma coisa que ninguém tira. Nem competição nenhuma, pode vir quem quiser: nós conhecemos a bacia sedimentar continental brasileira como poucos conhecem. Então, se você pegar uma empresa internacional e perguntar para ela: ‘Como é que você quer entrar no Brasil?’ Posso te dizer que ela quererá entrar no Brasil aliada à Petrobras”. Isso faz da estatal brasileira uma empresa poderosa.

Sobre as investigações da Operação Lava-Jato, a presidenta ressaltou que a Petrobras tem 90 mil funcionários e apenas quatro deles estão sendo investigados. E a competência da empresa está mantida, tanto que ganhou recentemente o prêmio OTC Distinguished Achievement Award for Companies, Organizations and Institutions, reconhecimento mais importante que uma empresa de petróleo pode receber na qualidade de operadora offshore – segundo Dilma, o “Oscar” da área de petróleo e gás.

.