02/05/2013
A Globo de Novo nas Cordas
Do DoLaDoDeLá - 30 abril 2013
A Central Globo de Boatos, por Romero Costa Machado
Mais duro, mais cruel e perverso do
que as mentiras que a Globo cultivou durante anos através de seus
noticiários, ora construindo reputações fugazes de pulhas e ídolos de
pés de barro, ora destruindo reputações de gente honesta e honrada, só
mesmo as perseguições conscientes, volitivas, através de mentiras da
Central Globo de Boatos. Uma espécie de departamento virtual da Rede
Globo onde boatos e mentiras são plantados como verdade - visando
especificamente destruir alguém - e que por mais que venham a ser
desmentidos mais tarde jamais restabelecem o estrago feito, pois o boato
maldoso é como carvão, quando não queima... Suja.
Dois casos específicos são
emblemáticos: A destruição da carreira do Wilson Simonal (o maior e mais
popular cantor de sua geração) e a destruição de fama de machão de
Mário Gomes (o principal protagonista de novelas da Globo de uma
determinada época).
Simonal, era o grande cantor de uma
época, um sucesso tão espetacular que até hoje é difícil estabelecer
parâmetros de comparação. Durante os muitos anos dos festivais de
canção, Simonal foi a grande e principal atração. Chegou a reger,
sozinho, um Maracanãzinho inteiro, lotado, tal era o fascínio do público
por Simonal. Entretanto, como Simonal havia brigado com seu contador
por questões financeiros e fiscais, e este contador era o contador de
diversos atores e diretores da Globo, o diretor João Carlos Magaldi, por
deter um poder enorme de comunicação (ele era exatamente o diretor da
Central Globo de Comunicação) inventou um boato terrível sobre Simonal
visando especificamente destruir completamente a carreira de Simonal. Ou
seja, como eram os anos da ditadura e a Globo era o porta vez dessa
ditadura, Magaldi inventou que Simonal era alcagüete, dedo duro, e que
estaria dedurando grande parte da classe artística para a polícia.
A classe artística inteira voltou-se
contra Simonal. O público inteiro tomou asco, nojo, repulsa por
Simonal. Pois se o fato de ser traidor já é algo abominável na cultura
brasileira, imagine-se então um traidor em tempos de ditadura. E com
isso a carreira de Simonal foi completamente destruída por um boato
gerado dentro da Central Globo de Boatos e até a morte Simonal jamais
conseguiu recuperar-se da fama de traidor, embora esta "traição" tivesse
sido amplamente desmentida a posteriori, inclusive em um dos meus
livros, pois conforme dito anteriormente o boato mentiroso, quando não
queima... Suja.
Mário Gomes, principal protagonista
das novelas da Globo de uma determinada época, era a imagem do bonitão
que toda mulher queria, e além do mais tinha uma terrível fama de
machão. Entretanto, apesar dessa imagem de machão não conseguiu
confrontar-se com o boato maldoso que viria a destruir completamente
essa fama de machão e conseqüentemente sua carreira.
Mário Gomes estava de caso com a
atriz Beth Faria (ex-mulher e louca paixão do diretor da Globo Daniel
Filho) e estava estrelando um filme dirigido por Carlos Imperial
(músico, compositor, ator, diretor da Globo e de revista de fofocas de
televisão). E como Mário Gomes não aceitou o cartaz de propaganda do
filme feito pelo Carlos Imperial, e obteve na justiça o embargo do
lançamento do filme, causando enorme prejuízo ao Carlos Imperial. Este
fato foi suficiente para que os dois traídos (Daniel Filho e Carlos
Imperial) unissem suas forças e montassem uma rede de fofocas e boatos
contra Mário Gomes.
Imperial ligou para várias revistas
de fofocas e jornais e informou que Mário Gomes estaria no hospital tal,
internado, com uma cenoura entalada no... , pois é. E daí repórteres de
várias revistas, vários jornais e televisões (principalmente a Globo,
de onde saíra o boato) cercaram o hospital de todas as formas. E por
mais que o hospital desmentisse o fato, mais e mais se falava dele.
Inventaram que havia uma ala inteira isolada só para atender
secretamente o Mário Gomes. Apareceu até uma enfermeira que supostamente
teria atendido o Mário Gomes entalado com a cenoura. E logo o boato
tomou tanto corpo e proporção tal que já havia até testemunha e
conhecidos que conheciam alguém que havia visto o Mário Gomes e a
cenoura.
Este fato abalou terrivelmente a
fama e a carreira do Mário Gomes, a tal ponto que ainda hoje, mesmo após
o fato ter sido desmentido - até mesmo pelo próprio Carlos Imperial, a
mim, em sua casa - a imagem que ficou do Mário Gomes é a do
"cenourinha", ou o cara que foi internado com uma cenoura entalada. Pois
conforme dito, o boato maldoso é como carvão, quando não queima...
Suja.
E a Globo, sabedora dessa terrível
verdade sobre o boato, mais do que qualquer outra entidade no país,
detém o incrível e maior de todos os recordes de criação de ídolos
fúteis de pés de barro e de destruição de carreiras e reputações,
gestados na Central Globo de Boatos.
.
.
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista