07/10/2013
Problema sério no Brasil é outro PIB: o Pensamento da Imprensa Burra
Do Tijolaço - 7 de outubro de 2013 | 12:52
Fernando Brito
Vocês me desculpem se não sou muito gentil neste comentário. Mas
não é possivel assistir sem indignação a sabotagem que se fez, ao longo
de todo este ano, contra o Brasil.
Passamos 2013 entre o “estouro da inflação” e a fatalidade do “pibinho”.
Mês a mês, uns poucos tiveram coragem de contestar esta “onda” catastrofista que aterrorizou consumidores, investidores e trabalhadores.
Boa, mesmo, ela só foi para os especuladores, que empurraram, docilmente, o Banco Central a uma alta de juros mais que danosa a um país que, pelas suas dimensões e potencialidades, precisa de imensos recursos para financiar seu desenvolvimento.
Não somos um país endividado, hoje. A contrário, nossas contas estão mais hígidas, sob este aspecto, que a da grande maioria dos países desenvolvidos. Nossa dívida líquida (excluídas as reservas cambiais) está pouco acima de um terço de nosso PIB, contra outras que superam todo a criação de valor durante um ano, na maioria das nações.
Mas a economia brasileira vive sob o fogo cerrado dos “velhos do Restelo”, que proclamam o desastre a cada dia e o fim dos tempos em breve.
A imprensa brasileira comemora, desenvergonhadamente, cada “vitória” de desmoralização imerecida de nosso país, seja a capa da The Economist seja a baixa de “nota” das agências de risco internacionais – aquelas mesmas que foram pegas de calças curtas pela crise de 2008 – à nossa maior empresa, a Petrobras.
Chegam a apontar nossa petroleira quase que numa situação pré-falimentar – Sem recursos suficientes, Petrobras se endivida demais - Estatal terá que aumentar geração de caixa ou adiar projetos - quando ela está na iminência de (claro que com grande esforço de caixa) se tornar símbolo do nosso controle sobre o campo de Libra, um dos maiores do mundo.
Será que está sem crédito no mercado uma empresa que, há menos de cinco meses, fez a maior emissão de títulos corporativos da história nos mercados emergentes, vendendo nada menos que US$ 11 bilhões em títulos, com vencimento entre 2016 e 2043, pagando os menores juros entre os papéis já colocados no mercado em sua história?
Tudo para forçar um aumento no preço dos combustíveis que desgaste politicamente o governo e reacenda as expectativas inflacionárias que ela, a mídia, soprou de fole o ano inteiro.
Mas a nossa imprensa não tem vergonha de ser desmentida pelos fatos. As matérias de hoje, mostrando que, em menos de um mês, o “mercado” revê para cima as expectativas de crescimento do PIB e não vê tendência de aumento de preços.
Acham que os leitores e espectadores dos programas de rádio e de televisão esquecem facilmente tudo o que dizem.
Em parte é verdade, mas em parte também vão desgastando a credibilidade do jornalismo brasileiro, que vai cada vez sendo menos acatado e considerado pela população.
Um dia, como na genial história d’O Poço do Visconde, de Monteiro Lobato na sua saga para dar petróleo ao Brasil, o povo vai acabar fazendo o que se fez ali com os que teimavam que aqui não havia petróleo:
(…)agarrou os “caxambueiros” (como eram conhecidos esses marotos) e os fez passear pela cidade com caraças de burro na cabeça — e no fim da passeata os jogou na lama dos mangues para serem comidos pelos sururus.
Quando o servilismo aos interesses dominantes supera a capacidade de análise e a preocupação com o país, a burrice se soma à traição à coletividade, a qual o jornalismo tem de servir, como qualquer outra profissão.
.
Passamos 2013 entre o “estouro da inflação” e a fatalidade do “pibinho”.
Mês a mês, uns poucos tiveram coragem de contestar esta “onda” catastrofista que aterrorizou consumidores, investidores e trabalhadores.
Boa, mesmo, ela só foi para os especuladores, que empurraram, docilmente, o Banco Central a uma alta de juros mais que danosa a um país que, pelas suas dimensões e potencialidades, precisa de imensos recursos para financiar seu desenvolvimento.
Não somos um país endividado, hoje. A contrário, nossas contas estão mais hígidas, sob este aspecto, que a da grande maioria dos países desenvolvidos. Nossa dívida líquida (excluídas as reservas cambiais) está pouco acima de um terço de nosso PIB, contra outras que superam todo a criação de valor durante um ano, na maioria das nações.
Mas a economia brasileira vive sob o fogo cerrado dos “velhos do Restelo”, que proclamam o desastre a cada dia e o fim dos tempos em breve.
A imprensa brasileira comemora, desenvergonhadamente, cada “vitória” de desmoralização imerecida de nosso país, seja a capa da The Economist seja a baixa de “nota” das agências de risco internacionais – aquelas mesmas que foram pegas de calças curtas pela crise de 2008 – à nossa maior empresa, a Petrobras.
Chegam a apontar nossa petroleira quase que numa situação pré-falimentar – Sem recursos suficientes, Petrobras se endivida demais - Estatal terá que aumentar geração de caixa ou adiar projetos - quando ela está na iminência de (claro que com grande esforço de caixa) se tornar símbolo do nosso controle sobre o campo de Libra, um dos maiores do mundo.
Será que está sem crédito no mercado uma empresa que, há menos de cinco meses, fez a maior emissão de títulos corporativos da história nos mercados emergentes, vendendo nada menos que US$ 11 bilhões em títulos, com vencimento entre 2016 e 2043, pagando os menores juros entre os papéis já colocados no mercado em sua história?
Tudo para forçar um aumento no preço dos combustíveis que desgaste politicamente o governo e reacenda as expectativas inflacionárias que ela, a mídia, soprou de fole o ano inteiro.
Mas a nossa imprensa não tem vergonha de ser desmentida pelos fatos. As matérias de hoje, mostrando que, em menos de um mês, o “mercado” revê para cima as expectativas de crescimento do PIB e não vê tendência de aumento de preços.
Acham que os leitores e espectadores dos programas de rádio e de televisão esquecem facilmente tudo o que dizem.
Em parte é verdade, mas em parte também vão desgastando a credibilidade do jornalismo brasileiro, que vai cada vez sendo menos acatado e considerado pela população.
Um dia, como na genial história d’O Poço do Visconde, de Monteiro Lobato na sua saga para dar petróleo ao Brasil, o povo vai acabar fazendo o que se fez ali com os que teimavam que aqui não havia petróleo:
(…)agarrou os “caxambueiros” (como eram conhecidos esses marotos) e os fez passear pela cidade com caraças de burro na cabeça — e no fim da passeata os jogou na lama dos mangues para serem comidos pelos sururus.
Quando o servilismo aos interesses dominantes supera a capacidade de análise e a preocupação com o país, a burrice se soma à traição à coletividade, a qual o jornalismo tem de servir, como qualquer outra profissão.
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