domingo, 11 de maio de 2014

Contraponto 13.782 - "Os adversários de Dilma"

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11/05/2014

Os adversários de Dilma

 
Empurrados para a radicalização pró-mudanças, eles agradam apenas a quem detesta o lulopetismo
 
 
Carta Capitalpublicado 11/05/2014 09:17 
 
 
Roberto Stuckert Filho/PR
Dilma
 


Nenhum dos adversários possíveis parece ter força para vencer Dilma Rousseff nas eleições
À medida que o tempo passa, mais claro fica o quadro: nenhum dos possíveis adversários de Dilma Rousseff na eleição deste ano demonstra ter fôlego para vencê-la. Não é impossível que algum venha a encontrá-lo, mas o certo é que, até agora, ninguém conseguiu.

A afirmação pode soar estranha a quem presenciou a celebração de nossa “grande imprensa” nos últimos dias, a propósito da divulgação de pesquisas de institutos como MDA, Datafolha e Sensus. Em manchetes às vezes garrafais, a mídia corporativa as apresentou como reveladoras de um quadro novo, desfavorável à presidenta e propício às oposições. 

Foram pesquisas a respeito de intenções de voto e avaliação do governo federal. E todas mostraram uma queda na popularidade da presidenta e do governo, acompanhada de uma redução quase idêntica na proporção daqueles que dizem pretender votar em Dilma.

Até aí, tudo natural. Se alguém está insatisfeito com o desempenho do governo, se está convencido de que as coisas não vão bem em Brasília, é lógico não desejar a continuidade. O passo seguinte é igualmente lógico: não querer votar em quem a representa.

Eleições são, no entanto, semelhantes àquilo que os economistas chamam jogo de “soma zero”, o que um jogador perde é igual ao que o outro ganha. Neles, é impossível todos lucrarem ou terem prejuízo ao mesmo tempo. Na divisão de um bolo, por exemplo, se alguém aumenta o tamanho de seu pedaço, a parte restante aos outros fica menor. Os votos que um candidato não consegue obter (ou deixa de ter) são repartidos pelos demais. 

Desse modo, era de esperar que a queda de Dilma beneficiasse algum ou vários de seus adversários. Mas não foi o que as pesquisas mostraram.

Note-se: esses levantamentos foram feitos logo após o ciclo de propaganda partidária dos oponentes de Dilma. Como sabemos à luz do ocorrido em eleições anteriores, pesquisas feitas nesses momentos costumam provocar “picos” nas intenções de voto, que tendem a desaparecer com o transcurso do tempo.

Primeiro foi a vez de Eduardo Campos, que, no fim de março, usou as inserções e o programa do PSB para se promover. Depois, Aécio Neves, em meados de abril, fez o mesmo com o tempo do PSDB. Até o Pastor Everaldo, na segunda quinzena de abril, utilizou o estratagema de dizer que fazia propaganda de seu partido, o PSC, para praticar, de fato, proselitismo a favor de sua candidatura (o que a legislação proíbe, mas ninguém respeita). 

Quando se consideram o contexto em que as pesquisas foram realizadas e a queda apontada de Dilma, deveríamos ter resultados favoráveis aos adversários da presidenta. Pelo que vimos no passado, a expectativa, na verdade, é que fossem muito favoráveis.

Contudo, só o tucano cresceu e em patamar modesto. O pernambucano e o pastor ficaram fundamentalmente iguais, movendo-se dentro da margem de erro. As oposições melhoraram pouco, menos do que deveriam e menos do que precisam para alcançar a candidata do PT. 

A esta altura da eleição, os problemas que atingem a imagem da presidenta, do governo e do PT afetam a candidatura, mas pouco benefício trazem às oposições, apesar da ininterrupta campanha de desconstrução movida pela mídia oposicionista. O saldo? Dilma cai (apesar de menos do que seus inimigos gostariam) e ninguém sobe (de maneira significativa).
 
É sempre bom lembrar que, com números de popularidade e intenção de voto semelhantes aos de Dilma hoje, Fernando Henrique Cardoso reelegeu-se no primeiro turno em 1998. Em junho daquele ano, estava empatado com Lula. Na urna, o ultrapassou com folga. E era Lula e não algum candidato pouco conhecido e com imagem problemática.

Vamos fazer neste outubro uma eleição diferente. Não será de pura continuidade, como aquelas de 1994, 1998, 2006 e 2010. Não será tampouco de pura mudança, como as de 1989 e 2002. O eleitorado busca agora uma boa mistura entre as duas possibilidades.

Os adversários de Dilma, empurrados para a radicalização pró-mudança pela fúria do oposicionismo de uma parte da sociedade, do empresariado e da mídia, agradam apenas a quem detesta o lulopetismo. Afastam-se, porém, daqueles que desejam que diversas coisas mudem no País, mas têm certeza de que há muito que deve continuar. E permanecem a léguas da ampla parcela que prefere a continuidade.

Talvez por isso não cresçam.
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Um comentário :

  1. ELEIÇÃO 2014: VOTAREI NOS PTISTAS E EXPLICO PORQUÊ
    Depois que eu li a matéria da Conceição Lemes, no Vi o Mundo (http://www.viomundo.com.br/denuncias/labogen.html), eu tomei a decisão de votar nos PTistas, na eleição de 2014, e explico porquê:
    Com a prestimosa colaboração da suprema corte do nosso país, os TUCANOS adquiriram o direito de roubar no Brasil inteiro, impunemente, solenemente.
    Como eu sei que os PTistas são investigados e monitorados 24 horas por dia pelo PIG, por Joaquim Barbosa e pelo Gilmar Mendes, eu prefiro votar neles (nos PTistas).
    Porque, meu neguinho, se os TUCANOS voltarem ao poder eles vão roubar, roubar, roubar, roubar e roubar! E nada vai ser denunciado no Jornal Nacional, nem no telejornal da Band (do Boechart), nem na Rolha de São Paulo (do Octavinho) e em nenhum jornal/telejornal desse país. E a justiça brasileira vai ficar na moita.
    Um dia você vai acordar no sereno e constatar que durante à noite os TUCANOS roubaram o telhado da sua casa. Mas aí já será tarde. BRINCA COM ESSA GENTE!

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