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29/08/2014
Mercosul deve endurecer posição contra Israel
Brasil 247 - 29 de Julho de 2014 às 15:25
Reunidos em Caracas, os presidentes dos cinco
países do bloco, formado por Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina e
Venezuela, discutirão uma posição comum em relação aos ataques de Israel
contra a Faixa de Gaza, que já deixou mais de 1.000 palestinos mortos, a
maioria civis; cientista político Emir Sader defende que Tratado de
Livre Comércio com Israel, o primeiro a ser assinado pelo bloco, em
2010, com um país de fora da América Latina, seja suspenso; "A ideia da
condenação de Israel, especialmente pela postura em relação à Gaza, é
algo absolutamente consensual", opina; Brasil foi chamado de "anão
diplomático" por porta-voz da chancelaria israelense quando condenou
ataques contra os palestinos; latinos se unirão?
Israel foi o primeiro país fora da América Latina a ter um Tratado de Livre Comércio com o Mercosul, assinado em 2010. Na opinião do cientista político Emir Sader, chegou o momento de discutir a pertinência desse tratado e de o Mercosul "endurecer" sua posição contra o país, em um boicote aos produtos fabricados por Israel em assentamentos palestinos pelos bombardeios contra Gaza. "Países como Brasil e Uruguai têm um intenso intercâmbio militar com Israel. Coisa absolutamente indevida", comentou.
"A ideia da condenação de Israel, especialmente pela postura em relação à Gaza, acho que é algo absolutamente consensual", acrescenta Sader, ainda sobre o Mercosul. O cientista político avalia como positiva a posição do governo brasileiro em relação a Israel, mas lembra que outros países da América Latina tomaram posições formais "mais duras". A Argentina e a Venezuela, por exemplo, estão retirando embaixadores e rompendo relações.
O tema de uma resposta do Mercosul a Israel foi sugerido pelo Brasil para ser discutido na cúpula do bloco. Na semana passada, ao chamar de "ação desproporcional" e classificar de "inaceitável" a escalada de violência na região, o País foi chamado de "anão diplomático" pelo porta-voz da chancelaria israelense, Yigal Palmor. A cúpula em Caracas também vem em boa hora para que os países da América do Sul se unam em defesa do Brasil e contra a ofensa de Israel.
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