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17/07/2014
FHC e PSDB: neoliberalismo na veia e retrocesso
O PSDB É O PARTIDO DO ATRASO E DO RETROCESSO. PAROU NO TEMPO. |
Por Davis Sena Filho
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Como se observa, o primeiro decreto de Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I — quando assumiu a Presidência da República foi exinguir a Comissão Especial de Combate à Corrupção efetivada pelo presidente nacionalista Itamar Franco, o verdadeiro pai do Plano Real (o tucano era seu ministro da Fazenda), fato este que levou Itamar, posteriormente, arrepender-se, e, inclusive, questionar duramente a conduta de FHC, que assinou as cédulas da nova moeda no lugar do então ministro da Fazenda, Rubens Ricúpero. O tucano não era mais ministro, e incorreu em erro grave.
Acusou Itamar: "Eu me arrependo é de ter escolhido ele candidato.
Tenho o maior respeito pela inteligência dele, mas ele errou. Ele já não era
mais ministro (da Fazenda) e, mesmo assim, assinou cédulas (de Real). Isso é a
primeira vez que eu estou revelando. Isso é grave porque só poderia ter
assinado a cédula o ministro Ricúpero (Rubens Ricúpero, que substitui FHC de
março a setembro de 1994, durante a implementação do Plano Real)".
E completa: "O ministro
Ricúpero foi o sacerdote do Plano Real. Mais até do que o FHC. Eu vi. Mandei
verificar. Ele assinou, sem poder assinar. Ele sabia que sem o autógrafo, sem
ele na cédula do real, ele não ganharia. Não. O Real começou a circular em
1º de julho. Daí o medo da equipe dele, porque estava muito próximo do processo
eleitoral. Tinham aquelas dúvidas, mas o Ricúpero sustentou a
continuidade".
Este
é o FHC, aquele presidente do PSDB entreguista e que governou o Brasil
como um caixeiro viajante e, subserviente e subalterno, implementou no
País a diplomacia da dependência, porque alinhada automaticamente com os
interesses dos EUA. Poder-se-ia também chamá-la de diplomacia do tirar
os sapatos, como o fez o ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer,
em 31 de janeiro de 2002. Atitude que, sem sombra de dúvida, simbolizou o
governo vendilhão de FHC, além de demonstrar o quão as "elites"
brasileiras são subalternas e provincianas, para, em troca, receberem
migalhas do que ela considera "Corte" para manterem intocáveis seus
status quo em relação ao povo do Brasil.
FHC,
o vendilhão da Pátria, mal assume a Presidência e extingue a Comissão
de Combate à Corrupção. Nada que surpreenda àqueles que sabem como
procedem e agem os tucanos. O fim da Comissão, na verdade, tinha por
finalidade deixar livre o caminho para as privatizações, também
conhecidas por grande parte da população brasileira como privatarias. O
Neoliberal I realmente não defendeu os interesses do Brasil quando foi
eleito o mandatário mais importante do País. Pelo contrário, o quebrou
três vezes, pois foi ao FMI três vezes, de joelhos e com o pires nas
mãos.
Em
encontro de presidentes de países considerados desenvolvidos, o
mandatário porta-voz das elites e submisso aos ditames do FMI, do Banco
Mundial (Bird), da OMC e da UE levou um "carão" do presidente
estadunidense, Bill Clinton, que praticamente o chamou de incompetente e
chorão, ao dizer-lhe que a culpa das perdas internacionais do Brasil
era do governo do PSDB e não das políticas econômicas de exploração,
rapinagem e pirataria formuladas pelo Consenso de Washington e as quais
Fernando Henrique as transformou em "bíblia" a ser seguida no Brasil e a
ter a imprensa alienígena e de negócios privados como sua defensora pit
bull.
Ai
daquele que se atrevesse questionar o pensamento único da década de
1990 e início do século XXI. Era logo chamado de dinossauro ou
"esquerdopata", pois os arautos da dependência e da servidão aos países
ricos batiam sempre na mesma tecla de que as ideologias acabaram com o
fim da União Soviética e que termos como esquerda e direita se tornaram
arcaicos. Como se ser de esquerda é apenas relativo às utopias
socialistas ou ao socialismo científico ou real. Nada mais enganoso e
sem credibilidade, porém, manipulado pelos defensores do capital e da
nova ordem econômica mundial implementada por intermédio do
neoliberalismo.
A
verdade é que o PSDB ainda não pagou por seus erros até hoje, tanto no
âmbito do Judiciário quanto no que é referente ainda a vencer eleições
em estados de eleitores conservadores, a exemplo de São Paulo, Minas
Gerais e Paraná, unidades da Federação ricas cujos governos ocupados
pela direita de caráter udenista reagem, com o apoio e a proteção da
imprensa, aos programas e ao projeto dos governantes trabalhistas de
distribuição de riqueza e renda, que geram empregos, porque giram a roda
da economia.
Fernando
Henrique Cardoso é o pior presidente que este País já teve. Seu
sentimento de brasilidade é nulo, e, por sê-lo, o tucano é completamente
divorciado dos interesses da Nação. Seu candidato a presidente, Aécio
Neves, é seu alter ego quando mais jovem. FHC é um playboy com verniz de
intelectual, mas como sociólogo não conhece o povo e suas assertivas
sobre a sociedade brasileira são completamente superficiais e confusas,
porque tal professor não possui a essência, a sensibilidade e a
profundeza de conhecimento de intelectuais da grandeza de Darcy Ribeiro,
Gilberto Freyre, Paulo Freire, Anísio Teixeira, Florestan Fernandes,
Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior.
Não
adianta conhecimento acumulado se o portador das informações não tiver
sensibilidade social e política. E é exatamente o caso do senhor tucano e
neoliberal Fernando Henrique Cardoso. Seus aliados que estão a poucos
meses das eleições de outubro já formulam e apresentam ao público a
plataforma política e econômica do PSDB. Trata-se de neoliberalismo na
veia, a ter como áulico o ex-presidente do Banco Central de FHC, o
banqueiro Armínio Fraga, que já anunciou as medidas impopulares que
Aécio Neves vai efetivar em um tempo de Brics, de desenvolvimentismo, de
consolidação de blocos econômicos que não rezam pela cartilha
draconiana do FMI e do Bird, bem como do fortalecimento dos mercados
internos dos países emergentes, principais criadores de empregos e de
desenvolvimento das nações que buscam outras saídas que não sejam
aquelas indicadas pela ONU e pelas instituições econômicas criadas após a
II Guerra Mundial.
A
vitória eleitoral do PSDB, ou seja, da direita brasileira é a derrota
das forças populares e progressistas, que há doze anos estão no poder e
transformaram o panorama econômico e social do Brasil para melhor. O
País, evidentemente, não é mais o mesmo. A democracia está consolidada e
o povo brasileiro está mais maduro politicamente, a reivindicar e a
sair nas ruas como nunca antes aconteceu neste País. E não é porque as
pessoas estão insatisfeitas com o Governo Trabalhista, mas
principalmente porque melhoraram de vida e querem mais educação, saúde,
segurança e emprego. Ponto! O PSDB é a antítese do desenvolvimento,
porque é o formulador de políticas públicas derrotadas e teses que não
deram certo. O PSDB é o partido do retrocesso. É isso aí.
PS: Itamar Franco tinha razão.
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