segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Contraponto 14.843 - "Cai o ibope do Ibope: fim do monopólio da medição de audiência no Brasil #DilmaemAlta"

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22/09/2014


Cai o ibope do Ibope: fim do monopólio da medição de audiência no Brasil #DilmaemAlta

 


Muda Mais - 22/09/2014

Já comentamos aqui que a audiência dos programas de TV tem caído nos últimos anos, inclusive por conta de alternativas às quais as pessoas passaram a ter acesso, como a ampliação das opções nas emissoras de TV aberta e por assinatura e o acesso à internet. Agora, mais uma novidade vai movimentar o setor. O monopólio da medição da audiência está prestes a cair: em pouco tempo, vamos ter duas análises sendo realizadas sobre as audiências.

A medição da audiência no Brasil passou a ser sinônimo de Ibope. Trata-se de uma metonímia (link is external), figura de linguagem utilizada quando uma palavra é usada no lugar da outra, tamanha a identificação entre os termos. É comum ouvir por aí que “fulano tá sem Ibope” ou que está com “Ibope em alta”. Ou seja, o que vem à cabeça das pessoas quando se fala em audiência é Ibope.

Mas o Ibope vai perder a sua hegemonia na audiência. Literalmente. Representantes das emissoras RedeTV, Rede Record, SBT e Rede Bandeirantes tiveram encontro com a presidenta Dilma Rousseff.

De acordo com o Conversa Afiada (link is external), o objetivo do encontro foi informar sobre a chegada de um novo instituto para auferir audiência no Brasil, a alemã GFK (link is external).

Coincidentemente, no mesmo momento que as emissoras apresentam um novo instituto, a revista Exame (link is external) informou que o Ibope estaria vendendo 40% das ações na empresa para o grupo britânico WPP.

O Ibope foi fundado pela família Montenegro, em 1942, e sempre teve o monopólio da medição de audiência na TV brasileira. A chegada de um novo instituto representará a democratização da medição de audiência de TV. Isso é muito importante porque garante que não haverá mais uma só voz informando a respeito das preferências da população. Os monopólios impedem a diversidade de métodos de atuação e de visões.

De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel (link is external)), nos últimos quatro anos, cerca de 30  milhões de brasileiros passaram a ter acesso a canais pagos. O fenômeno é reflexo da melhor distribuição de renda no país, que pulveriza os recursos financeiros e permite a inclusão social e aumento do consumo.

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