Dilma cresce devagar e sempre a cada levantamento,
enquanto a disputa entre Marina e Aécio pelo 2o. lugar pode repetir
conflito entre Lula e Brizola em 1989
Se as eleições fossem hoje, e o país vivesse pelas regras
eleitorais anteriores a 1989, quando não havia o sistema de dois turnos,
Dilma Rousseff estaria reeleita — na matemática.
Se o último Data Folha já registrou o crescimento de Dilma, em
dois levantamentos internos, recém-saídos do forno, disponíveis na noite
de sexta-feira, ela se encontrava na casa dos 38 e 39% das intenções
de voto, apresentando uma tendência de alta, sem grandes saltos nem
movimentos especulares, mas de notável regularidade.
A disputa quente, ao menos neste momento, é pelo segundo lugar.
Enquanto Dilma cresce inclusive onde parecia parada, como São Paulo,
Marina encontra-se em queda no país inteiro e sua diferença em relação a
Aécio Neves diminui a cada levantamento.
Conforme pesquisas de tipo tracking — um levantamento baseada na
média de intenções de voto de três dias consecutivos, considerada a mais
apropriada para apurar as tendencias da disputa — a distancia de
Marina para Dilma se ampliou.
Chegou a dez pontos. Em outro levantamento do mesmo tipo, a
distância é de quinze pontos. Mesmo olhando esses números com a reserva
necessária a todo levantamento dessa natureza, pois ele não obedece a
nenhum controle além das próprias campanhas e seus patrocinadores, eles
parecem confirmar que a boca do jacaré entre as duas concorrentes
principais está abrindo.
Já a diferença de Aécio para Marina diminuiu. Ficou em dez
pontos, num dos levantamentos. Em apenas seis, em outro. Embora Marina
ainda seja vista com a adversária provável no segundo turno, cresceu a
visão, na campanha do PT, de que a chance de Aécio Neves ir para a
segunda rodada deixou de ser um exercício imaginário e se transformou
numa hipótese real.
Quando faltam quinze dias para a votação, a previsão é de um
primeiro turno literalmente imprevisível, que pode lembrar 1989, quando
Lula e Leonel Brizola chegaram emparelhados em segundo lugar e o
candidato do PT venceu por 400 000 votos — diferença tão apertada que,
fora o DataFolha, a maioria dos institutos nem arriscou uma previsão nas
pesquisas de boca-de-urna, feitas após a votação.
Mesmo real, o crescimento de Aécio tem um limite. Sua agressividade
de adversário original do PT pode contribuir para retirar eleitores
conservadores de Marina. Ao mesmo tempo, impede que tenha acesso a
eleitores da candidata do PSB que se situam num universo progressista,
descontentes com o governo mas em medida ainda maior com a memória do
PSDB.
A consolidação de Dilma numa dianteira respeitável envolveu duas
situações particulares. O PT teve de mostrar agilidade para encarar uma
mudança fora de qualquer cálculo — a troca de Eduardo Campos por Marina
Silva, a apenas 45 dias antes da votação –, que deu origem a outra
campanha, com outro adversário, outro programa, outro debate. Aquilo que
fora pensado e preparado como um clássico confronto entre PT e PSDB
transformou-se em outra disputa.
De uma hora para outra Dilma foi levada a enfrentar uma situação
estranha ao mundo de pancadaria aberta que enfrentou desde a posse no
Planalato, em 2011: uma candidata ex-PT, que podia valer-se de seu
passado no partido e no ministério para receber apoio de petistas
desgastados após 12 anos de governo, e de suas alianças do presente para
conseguir apoio junto a quem fazia oposição desde sempre.Tudo envolvido
num ambiente de religiosidade e mistério.
A crítica às propostas conservadoras de Marina, a começar pela
independência do Banco Central, serviu para tirar o centro de gravidade
da candidata do PSB — uma permanente ambiguidade — e definir um terreno
onde a candidatura Dilma tem sido capaz de caminhar com segurança.
Outro aspecto envolve a avaliação do governo, o teste definitivo de
qualquer governante que tenta uma reeleição. Mais do que falar sobre o
futuro, uma candidata se ancora no passado de governo — para crescer ou
afundar. Em qualquer parte do mundo, o eleitor prefere fatos a
promessas, não é mesmo?
Os números melhoram regularmente, mostrando que Dilma não é uma
candidatura no vazio nem caminha contra a corrente principal de
eleitores. Seu crescimento ocorre aonde se esperava, junto a camada de
brasileiros que residem nos patamares mais baixos de renda, junto aos
quais o PT sempre obteve apoio.
Sem querer imaginar que tudo se passou às mil maravilhas e nada
merece crítica, está provado que ela é uma presidente que tem o que
mostrar, para decepção de quem imaginava que iria fazer oposição a um
governo desastrado, e mesmo para aqueles que falavam em tom
condescendente do copo meio cheio, meio vazio. Os debates e entrevistas
têm mostrado que é difícil condenar o governo de voz baixa, olho no
olho, com argumentos racionais. Essa é a grande mudança produzida na
campanha.
A fase atual da campanha mostra o reencontro de Dilma e seu governo.
A disputa política e a propaganda na TV permitiram fazer o contraponto
ao jornalismo-catastrofe praticado pelos grandes meios de comunicação.
Os números mostram que, sem avanços espetaculares, mas num
movimento constante, a cada dia cresce a parcela do eleitorado que gosta
do que vê no governo e reconhece a continuidade de Lula. Este é o
grande trunfo da presidente.
Paulo Moreira Leite é diretor do 247 em Brasília. É também autor
do livro "A Outra História do Mensalão". Foi correspondente em Paris e
Washington e ocupou postos de direção na VEJA, IstoÉ e Época. Também
escreveu "A Mulher que Era o General da Casa".
Cearense, engenheiro agrônomo, servidor público federal aposentado,casado, quatro filhos e onze netos. Um brasileiro comum, profundamente indignado com a manipulação vergonhosa e canalha feita pela mídia golpista e pela direita brasileira, representantes que são de uma elite egoísta, escravista, entreguista, preconceituosa e perversa.
Um brasileiro que sonha um Brasil para todos e não apenas para alguns, como tem sido desde o seu descobrimento até os nossos dias.
_______
O QUE É PIG ?
"Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PIG, Partido da Imprensa Golpista." (Paulo Henrique Amorim.) Dentre os componentes do PIG, os principais e mais perigosos veículos de comunicação são: a Rede Globo, O Estado de São Paulo, a Folha de São Paulo e a revista Veja.
O PIG - um instrumento de dominação usado pela plutocracia - atua visando formar uma legião de milhões de alienados políticos manipuláveis, conforme os seus interesses.
Estes parvos políticos - na maioria das vezes, pobres de direta - são denominados na blogosfera progressista como 'midiotas'.
O estudo Os Donos da Mídia, do Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom), mostra que de 1990 a 2002 o número de grupos que controlam a mídia no Brasil reduziu-se de nove para seis.A eles estão ligados 668 veículos em todo o país: 309 canais de televisão, 308 canais de rádio e 50 jornais diários. http://www.cartacapital.com.br/sociedade/em-encontro-da-une-profissionais-defendem-democratizacao-da-midia/
MENSALÕES
_____________________
OS "MENSALÕES" NÃO JULGADOS
PGR e o STF – terão que se debruçar sobre outros casos e julgá-los de acordo com os mesmos critérios, para comprovar isonomia e para explicitar para os operadores de direito que a jurisprudência, de fato, mudou e não é seletiva.
É bonito ouvir um Ministro do STF afirmar que a condenação do “mensalão” (do PT) mostra que não apenas pés-de-chinelo que são condenados. Mas e os demais?
Alguns desses episódios:
1 - O mensalão tucano, de Minas Gerais, berço da tecnologia apropriada, mais tarde, pelo PT.
2 - A compra de votos para a reeleição de FHC. Na época houve pagamento através da aprovação, pelo Executivo, de emendas parlamentares em favor dos governadores, para que acertassem as contas com seus parlamentares.
3 - Troca de favores entre beneficiários da privatização e membros do governo diretamente envolvidos com elas. O caso mais explícito é o do ex-Ministro do Planejamento José Serra com o banqueiro Daniel Dantas. Dantas foi beneficiado por Ricardo Sérgio – notoriamente ligado a Serra.
4 - O próprio episódio Satiagraha, que Dantas conseguiu trancar no STJ (Superior Tribunal de Justiça), por meio de sentenças que conflitam com a nova compreensão do STF sobre matéria penal.
5 - O envolvimento do Opportunity com o esquema de financiamento do “mensalão”. Ao desmembrar do processo principal e remetê-lo para a primeira instância, a PGR praticamente livrou o banqueiro das mesmas penas aplicadas aos demais réus.
6 - Os dados levantados pela CPI do Banestado, de autorização indevida para bancos da fronteira operarem com contas de não-residentes. Os levantamento atingem muitos políticos proeminentes.
........................................................... Luis Nassif
Nenhum comentário :
Postar um comentário
Veja aqui o que não aparece no PIG - Partido da Imprensa Golpista